A única vez que o Japão sediou a Copa do Mundo foi em 2002, em parceria com a Coreia do Sul; o título ficou com o Brasil – foto: reprodução
O Japão está se preparando para lançar uma nova candidatura à sede da Copa do Mundo de futebol, mirando a edição de 2046. A informação foi revelada pelo jornal Sports Hochi, que aponta a possibilidade de uma co-organização com outros países da Ásia, em uma proposta que pode reunir até sete nações da região.
Segundo a publicação, a Federação Japonesa de Futebol (JFA) já iniciou conversas com federações do Leste e Sudeste Asiático para viabilizar o projeto. Em março deste ano, representantes da Federação da Ásia Oriental (EAFF) e da Associação de Futebol do Sudeste Asiático (AFF) se reuniram em Tóquio para discutir o assunto. Embora ainda não haja documentos oficiais assinados, o presidente da JFA, Tsuneyasu Miyamoto, confirmou que a ideia de sediar o torneio em conjunto está sendo considerada. “Seria ótimo se pudéssemos realizar”, declarou.
A proposta inclui possíveis parcerias com países como Coreia do Sul, China, Indonésia, Tailândia, Vietnã e Malásia – formando um bloco de até sete países co-organizadores. A ideia se inspira em experiências anteriores, como a Copa da Ásia de 2007, que foi dividida entre quatro nações do Sudeste Asiático. A edição de 2002, também sediada pelo Japão e Coreia do Sul, foi a primeira Copa do Mundo da FIFA com sede compartilhada.
O cenário global favorece a proposta asiática. A FIFA tem seguido um rodízio continental nas últimas edições: 2026 será na América do Norte, 2030 terá sedes na Europa, América do Sul e África, e 2034 será realizada na Arábia Saudita. Isso abre caminho para que a Ásia volte a receber o torneio em 2046, alinhando-se também ao “Manifesto JFA 2005”, que estabeleceu a meta de conquistar o título mundial até 2050, sediando novamente o torneio nesse processo.
Uma candidatura solo do Japão, no entanto, representaria um desafio logístico e financeiro considerável, já que seria necessário construir ou reformar uma série de estádios para atender aos padrões exigidos pela FIFA. Com exceção da Arábia Saudita – que possui recursos suficientes para sediar sozinha a edição de 2034 -, a tendência atual tem sido por Copas do Mundo co-organizadas, justamente para dividir custos e estrutura entre múltiplas nações.
Miyamoto também sinalizou que o Japão buscará reforçar sua imagem como sede confiável de grandes eventos internacionais, promovendo novos torneios dentro do país como forma de mostrar sua capacidade organizacional.
Caso a candidatura avance, a Copa de 2046 poderá se tornar a maior da história em número de países-sede e consolidar a Ásia como um centro vital para o futuro do futebol mundial.
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