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GUIA J1 LEAGUE 2025

Fique por dentro da temporada 2025 do futebol japonês. Aqui você encontrará informações completas sobre as equipes, contratações, treinadores e como cada time se preparará para a disputa do campeonato.

A temporada 2025 marcará o fim do formato anual do Campeonato Japonês, que segue o mesmo modelo do nosso Campeonato Brasileiro, disputado de fevereiro a dezembro. A decisão foi tomada em 25 de novembro do ano passado e garante que o campeonato de 2025 começará em 14 de fevereiro e terminará em 6 de dezembro. A partir de 2026, o torneio passará a adotar o famoso “calendário europeu”, com início em setembro e término em maio do ano seguinte.

As mudanças de clubes para a temporada 2025 trazem novidades na J1. Três equipes foram rebaixadas para a J2: Júbilo Iwata, Hokkaido Consadole Sapporo e Sagan Tosu, que ocuparam as últimas três posições do campeonato, em 18º, 19º e 20º lugares, e infelizmente não estarão em nosso guia. Por outro lado, o Shimizu S-Pulse retorna à J1 após dois anos fora, conquistando o título da J2. O Yokohama FC também volta após um ano ausente, com o vice-campeonato da segunda divisão.

A grande surpresa ficou por conta do Fagiano Okayama, que terminou a temporada em 5º lugar, mas conquistou o acesso por meio dos Play-Offs. A equipe eliminou o Montedio Yamagata nas semifinais, vencendo por 3 a 0, e garantiu a vaga na elite pela primeira vez na história ao derrotar o Vegalta Sendai na final, por 2 a 0.

Abaixo, o leitor encontrará todas as informações detalhadas sobre as equipes. Em cada texto, você poderá conhecer o histórico dos clubes, o contexto atual, as principais negociações e as possíveis escalações titulares. Além disso, conversamos com torcedores de alguns times e reunimos suas opiniões, trazendo ainda mais riqueza ao conteúdo.

Durante o texto, você também encontrará conteúdos exclusivos sobre os jogadores brasileiros e também sobre as mudanças de técnicos — spoiler: não teremos treinadores brasileiros nesta temporada.

📊 Última campanha: 16° lugar (10V/12E/16D | 42 pontos)

📋 Técnico: Daisuke Kimori

📈 Melhor temporada: 2007 (6° lugar)

🏟 Estádio: Denka Big Swan Stadium

Rikizo Matsuhashi quase levou um troféu para o “Albi” na temporada passada, trabalhando com o que havia recuperado do trabalho do espanhol Albert Puig, com quem já havia contribuído como assistente. Desde sua chegada ao clube em 2022, Matsuhashi obteve bons resultados, destacando-se pela promoção do time da J2 para a J1 em 2023. Na última temporada, o técnico esteve a um passo de sua maior conquista ao levar o Niigata até a final da Copa da Liga, mas acabou sendo derrotado nos pênaltis pelo Nagoya Grampus (5-4), após um empate eletrizante por 3 a 3.

Na liga nacional, as coisas não estavam tão boas, e após o vice-campeonato na Copa, a equipe somou três jogos sem vitória para concluírem a temporada na parte inferior da tabela.

A maior incógnita para o Albirex Niigata na nova temporada envolve diretamente o comando técnico. Após dois anos com Albert Puig e outros três sob o comando de Rikizo Matsuhashi, a equipe terá um novo treinador: Daisuke Kimori. Com 47 anos, Kimori chega para sua primeira experiência como técnico principal, após uma longa trajetória como assistente no modesto Mito HollyHock, da J2.

Ao longo dos últimos anos, o estilo de jogo do Albirex foi marcado pela posse de bola e pela construção desde a defesa. O esquema tático predominante era o 4-2-3-1, com laterais que se infiltravam no meio-campo para criar mais opções de jogada. Os zagueiros eram incentivados a tocar a bola de maneira curta, mesmo sob pressão, sempre tentando achar os meias. Será curioso observar como Kimori abordará esse estilo na nova temporada e quais ajustes ele fará.

Este recente do colocou alguns jogadores em destaque, como o goleiro Ryosuke Kojima, conhecido por seus reflexos rápidos e sua habilidade com a bola nos pés. No entanto, Kojima está de saída para o Kashiwa Reysol, e o clube já contratou o substituto: Ryuga Tashiro, ex-Roasso Kumamoto. Ambos possuem altura semelhante, com Tashiro tendo uma leve vantagem em poucos centímetros. Embora o novo goleiro não seja tão hábil com os pés quanto Kojima, ele é um ano mais jovem e, se conseguir se adaptar rapidamente ao estilo do time, não deverá haver queda no nível da equipe. Outro nome de destaque é o volante Hiroki Akiyama. Aos 23 anos, Akiyama é praticamente a “cabeça-pensante” da equipe, e espera-se que continue desempenhando um papel fundamental na temporada 2025. Ele é um jogador técnico e de excelente posicionamento, características essenciais para a dinâmica do time.

O sistema defensivo do Albirex Niigata pode ser um ponto de preocupação, já que alguns jogadores estão envelhecendo. O australiano Michael James Fitzgerald, por exemplo, completará 37 anos durante a temporada, enquanto Kazuhiko Chiba, prestes a fazer 40, perdeu seu espaço no time após a ascensão de Thomas Deng, também australiano, à titularidade — jogador este, já negociado. Mantendo a tradição de defensores dos socceroos, o Albi contratou Jason Geria, que estava no Melbourne Victory, da Austrália, para suprir qualquer saída.

O estilo de jogo audacioso, por sua vez, também acaba expondo a defesa a erros, e caberá ao novo treinador avaliar como corrigir esses problemas — ou até mesmo repensar a forma como a equipe se comporta defensivamente.

Ofensivamente, o Albirex Niigata evoluiu em termos de volume de jogo, mas poucos jogadores conseguiram se destacar ou se firmar de maneira consistente. Kaito Taniguchi, com 10 gols marcados, foi o principal artilheiro, mas ainda assim o ataque da equipe não impressiona. Sua característica de cortar da ala esquerda e finalizar com a perna direita foi uma das principais armas ofensivas, mas o time precisará diversificar mais suas jogadas se quiser se manter na J1. Pensando nisso, eles contrataram Yamato Wakatsuki, que chega do Tokushima Vortis, e pessoalmente, vejo essa negociação bom bons olhos. O atacante de 23 anos já teve passagens pela seleção japonesa Sub-19 e marcou dois gols na Copa do Mundo da categoria, em 2019. Wakatsuki é um jogador incansável, com muita velocidade e determinação, especialmente quando recebe bolas longas. Na última temporada da segunda divisão, ele registrou sete gols e quatro assistências. Por último, há também o reforço de Miguel Silveira, que estava no FK Sochi (RÚS); meia de boa qualidade técnica e levemente habilidoso, surgiu como promessa pelo Fluminense (BRA), mas com pouco brilho e problemas extra-campo à época, eu ainda acho que ele possa aproveitar a oportunidade no futebol japonês e ficar até mesmo com a titularidade.

Daisuke Kimori terá de equilibrar algumas das saídas com as modestas reposições se quiser ter alguma tranquilidade em sua estreia como técnico principal.

 ⬆ CHEGADAS:

• Ryuga Tashiro (goleiro, Roasso Kumamoto)

• Shota Uchiyama (goleiro, promovido das categorias de base)

• Kazuki Fujita (goleiro, JEF United Chiba. Retorno do empréstimo)

• Kodai Mori (defensor, Tokushima Vortis)

• Jason Geria (defensor, Melbourne Victory/AUS)

• Riita Mori (defensor, Fukushima United. Retorno do empréstimo)

• Shosei Okamoto (defensor, Kagoshima United. Retorno do empréstimo)

• Keisuke Nasai (meio-campista, Universidade Toin)

• Taiki Arai (meio-campista, Fujieda MYFC)

• Miguel Silveira (meio-campista, FK Sochi/RÚS)

• Riku Ochiai (meio-campista, Kashiwa Reysol)

• Yushin Otake (meio-campista, Yokohama SCC. Retorno do empréstimo)

• Yamato Wakatsuki (atacante, Renofa Yamaguchi)

• Ken Yamura (atacante, Fujieda MYFC. Retorno do empréstimo)

 ⬇ SAÍDAS:

• Koto Abe (goleiro, Urawa Reds)

• Ryosuke Kojima (goleiro, Kashiwa Reysol)

• Haruki Nishimura (goleiro, Matsumoto Yamaga. Empréstimo)

• Ryo Endo (defensor, Iwaki FC)

• Thomas Deng (defensor, Yokohama F. Marinos)

• Takumi Hasegawa (defensor, Blaubitz Akita)

• Riita Mori (defensor, Fukushima United. Empréstimo)

• Aozora Ishiyama (meio-campista, Matsumoto Yamaga. Empréstimo)

• Yuzura Shimada (meio-campista, sem clube. Contrato rescindido)

• Koji Suzuki (atacante, aposentadoria)

• Eitaro Matsuda (atacante, Yokohama F. Marinos. Fim do empréstimo)

• Motoki Nagakura (atacante, Urawa Reds)

📊 Última campanha: 12° lugar (12V/14E/12D | 50 pontos) 

📋 Técnico: Kim Myung-hwi

📈 Melhor temporada: 2021 (8° lugar)

🏟 Estádio: Best Denki Stadium

O Avispa Fukuoka, assim como a equipe mencionada anteriormente, decidiu encerrar o ciclo do técnico Shigetoshi Hasebe, que comandava o clube desde 2020, por quatro temporadas. Essa saída ocorre após a equipe ter encerrado a última edição da liga na modesta 12ª colocação, seu pior desempenho desde que Hasebe assumiu o comando.

Alguns problemas persistem assombrando o Avispa Fukuoka e devem ser um dos principais focos para a equipe buscar evolução na nova temporada. O desempenho ofensivo continua sendo uma grande preocupação, refletindo uma dificuldade que já dura alguns anos. O atacante iraniano Shahab Zahedi, no entanto, foi um dos poucos alívios para a torcida, anotando nove gols no campeonato. Por outro lado, a defesa manteve-se firme e mereceu elogios: o brasileiro Douglas Grolli, Daiki Miya e Masaya Tashiro foram destaques e garantiram que o time tivesse a 3ª melhor defesa da competição, com apenas 38 gols sofridos. No entanto, os dois primeiros foram negociados; Grolli para o Portimonense (POR), e Miya para o Nagoya Grampus. Alguns nomes chegam para tentar preencher essa lacuna que, de qualquer forma, deve ser sentida.

Kazuki Fujimoto, por exemplo, deve ser uma boa opção para a faixa esquerda, podendo atuar tanto no ataque quanto na defesa. Ele se destaca pelos dribles rápidos e, na última temporada, marcou um gol contra o próprio Avispa Fukuoka. Takumi Kamijima, que estava no Yokohama F. Marinos, também foi contratado para a defesa, embora sua melhor fase tenha sido no Kashiwa Reysol; ele também já havia defendido a Vespa, emprestado em 2020.

Entre os principais movimentos para a temporada, as adições ao meio de campo são destaque, especialmente após a perda de Hiroiyuki Mae, que foi para o Machida Zelvia. Para repor a saída de seu principal nome, o clube trouxe Tomoya Miki, camisa 10 ex-Tokyo Verdy. Miki é um jogador inteligente, com grande capacidade de ocupar espaços. Além dele, Hiroki Akino também chega para reforçar o setor. Um ano mais velho que Mae, Akino tem potencial para tentar emular a função de ‘cérebro’ no time, como fez no V-Varen Nagasaki.

Shintaro Nago é um jogador que pode agregar muito ao time, especialmente pela sua excelente capacidade física. Na última J-League, jogando pelo Kashima Antlers, ele marcou cinco gols e deu impressionantes nove assistências, o que o colocou como o segundo jogador com mais passes para gol no torneio.

Repetir o brilhante desempenho de 2023, quando o time alcançou um merecido 7° lugar, é algo praticamente fora de alcance. Contudo, assegurar a manutenção na primeira divisão seria mais do que satisfatório para a torcida.

Esse objetivo, no entanto, está atrelado ao trabalho do novo treinador Kim Myung-Hwi, que comandou o Sagan Tosu em duas passagens, de 2018 a 2021, e terá o desafio de moldar a equipe para a próxima temporada, principalmente nas dúvidas entre manter o estilo defensivo, ou expandir o estilo de jogo, tão arraigado ao time.

CHEGADAS:

• Yuma Obata (goleiro, Vegalta Sendai)

• Yu Hashimoto (defensor, Universidade Fukuoka)

• Takumi Kamijima (defensor, Yokohama F. Marinos)

• Tomoya Ando (defensor, Oita Trinita)

• Jurato Ikeda (defensor, Machida Zelvia)

• Takaaki Shichi (defensor, Sanfrecce Hiroshima)

• Kazuki Fujimoto (defensor, Machida Zelvia)

• Hiroki Akino (meio-campista, V-Varen Nagasaki)

• Tomoya Miki (meio-campista, Tokyo Verdy)

• Shintaro Nago (meio-campista, Kashima Antlers)

• Abdul Hanan Sani Brown (atacante, promovido das categorias de base)

• Ichika Maeda (atacante, promovido das categorias de base)

 ⬇ SAÍDAS:

• Daiki Sakata (goleiro, Kashiwa Reysol)

• Daiki Miya (defensor, Nagoya Grampus)

• Kimiya Moriyama (defensor, Ehime FC)

• Masashi Kamekawa (defensor, Renofa Yamaguchi)

• Yuto Hiratsuka (meio-campista, Ventforet Kofu)

• Hiroiyuki Mae (meio-campista, Machida Zelvia)

• Reiju Tsuruno (atacante, Ehime FC)

• Ryota Sato (atacante, Júbilo Iwata)

📊 Última campanha: 10° lugar (13V/13E/12D | 52 pontos)

📋 Técnico: Arthur Papas 

📈 Melhor temporada: 2010 e 2017 (3° lugar)

🏟 Estádio: Yodoko Sakura Stadium

A temporada do Cerezo Osaka ficou longe de atender as expectativas. Ao completar 30 anos, o clube não conseguiu mostrar um futebol convincente, deixando os torcedores frustrados com mais uma campanha aquém do esperado. Embora tenha mostrado uma reação no meio da competição, o time não conseguiu sustentar o bom momento e perdeu o ritmo nos jogos decisivos, terminando o campeonato na parte intermediária da tabela. Os reforços não atenderam às promessas, deixando o torcedor frustrado com uma nova temporada de decepção.

Para 2025, o Cerezo Osaka sofreu um golpe duro com a saída do atacante brasileiro Léo Ceará, que teve uma temporada fenomenal em 2024, marcando 21 gols e ficando apenas atrás do também brasileiro Anderson Lopes, do Yokohama F. Marinos, na artilharia. Diante dessa perda, a equipe se apressou em buscar alternativas e conseguiu algumas boas contratações. Uma delas é o retorno de Motohiko Nakajima, que estava emprestado ao Vegalta Sendai. Em minha opinião, ele foi de longe o melhor jogador da equipe durante a segunda divisão, com 13 gols e 5 assistências. Destacou-se como o atleta mais perigoso do time, além de agregar nos dribles e também na bola parada.

Jun Nishikawa também está voltando de empréstimo, e, pessoalmente, ainda mantenho a esperança no seu futebol. Seu tempo no Iwaki FC, na J2, foi promissor, e o desempenho dele agradou a todos os envolvidos, o que me faz acreditar que ele pode somar muito ao Cerezo de alguma forma nesta temporada.

 Além dele, Lucas Fernandes também teve uma grande performance, demonstrando um nível de jogo muito elevado. Reconhecido pela sua competência no ataque e na criação de jogadas, o jogador permanece como uma das principais apostas do Cerezo Osaka para a temporada. Vitor Bueno, contratado por 3 milhões de euros (cerca de 17 milhões de reais) do Athletico Paranaense, não conseguiu sequência no time titular, mas ainda pode surpreender e apresentar um bom rendimento.

A cerejeira precisará de ajustes significativos para a nova temporada. O sistema defensivo mostrou-se vulnerável, e, entre os zagueiros, Ryuya Nishio foi provavelmente o que teve um desempenho mais regular, apesar das dificuldades. O time também sofreu com a saída de Seiya Maikuma para a Europa e com a lesão de Kyohei Noborizato, que, ao retornar, não conseguiu recuperar o nível de antes.

Eu espero ver mais do lateral-esquerdo Niko Takahashi, que retornou ainda no ano passado do Barcelona B (ESP).

No ataque, a equipe foi igualmente abaixo das expectativas, dependente quase que exclusivamente de Lucas Fernandes e Léo Ceará. A falta de um repertório criativo e de boas atuações coletivas não conseguiu empolgar a torcida, que não viu em momento algum um time capaz de ir além.

O Cerezo Osaka enfrentou vários problemas físicos ao longo da temporada. Vitor Bueno teve dificuldades para engrenar, com o técnico apontando uma falta de adaptação como justificativa. Já Shinji Kagawa, que atuou como volante em 2023, tinha a expectativa de ser mais avançado em 2024, mas também foi afetado por lesões, prejudicando seu desempenho.

Mesmo diante das críticas e da frustração com a última temporada, este que vos escreve ainda mantém alguma esperança para o Cerezo Osaka. O time segue contando com bons jogadores, além dos já citados, como o volante Shunta Tanaka, que se destacou ao longo do campeonato, terminando entre os melhores da liga em sua posição. É uma pena que o entrosamento entre ele, Vitor Bueno e Kagawa nunca tenha se concretizado, pois essa combinação poderia ter sido realmente promissora.

O meio-campista Sota Kitano, que terminou o ano como o “10” da equipe, também deixa uma luz de esperança para 2025. Outro jovem promissor, assim como Jun Nishikawa, é Rui Osako, que também estava emprestados ao Iwaki FC, e retornará. Se bem aproveitado, pode reforçar o time. No entanto, o sucesso dessas apostas dependerá muito da visão e das decisões do novo treinador, que abordaremos agora.

O australiano Arthur Papas será o responsável por comandar o Cerezo Osaka em 2024. Embora seu nome não seja tão familiar, Papas tem um histórico relevante. Ele foi assistente de Ange Postecoglou no período de sucesso do Yokohama F. Marinos, tendo sido apontado pelo mesmo como indicação para assumir o Celtic (ESC) antes de sua saída, embora o clube escocês tenha optado por outra direção. Isso, de certa forma, reflete a confiança que Postecoglou tinha em Papas para dar continuidade ao seu trabalho.

Com uma longa trajetória no futebol desde o início de 2010, Arthur Papas tem uma carreira vasta, mas sua experiência como técnico principal é relativamente recente. Ele esteve no Japão à frente do Kagoshima United no início de 2021, e seus últimos trabalhos foram no Newcastle Jets, na Austrália, onde passou duas temporadas, sendo esse o período mais longo de sua carreira. Mais recentemente, trabalhou no Buriram United, na Tailândia, onde obteve um bom desempenho, com mais de 30 partidas e 60% de aproveitamento.

Embora a falta de experiência possa ser vista como um ponto negativo, os mais otimistas podem escolher olhar para o “copo meio cheio”. Papas tem plena consciência do desafio que tem pela frente, e, apesar de precisar romper com o estilo do treinador anterior, ele conta com um elenco talentoso, capaz de figurar entre os melhores da competição e brigar por uma vaga na Liga dos Campeões. Além disso, sua passagem ao lado de Postecoglou pode ter lhe proporcionado aprendizados valiosos, e ele certamente não quer desapontar na sua primeira grande chance como técnico principal.

Papas também já fez questão de se apresentar ao torcedor, prometendo um time com foco em um estilo de jogo ofensivo. Resta agora a todos nós acompanhar essa nova jornada com expectativa.

CHEGADAS:

• Go Kamibayashi (goleiro, Universidade Meiji)

• Niko Takahashi (defensor, Barcelona Sub-19)

• Takumi Nakamura (defensor, Yokohama FC)

• Shinnosuke Hatanaka (defensor, Yokohama FC)

• Nelson Ishiwatari (defensor, Ehime FC)

• Koki Fukui (meio-campista, Machida Zelvia)

• Kaito Kono (meio-campista, Cerezo U18)

• Shinnosuke Kinoshita (meio-campista, Gainare Tottori)

• Nagi Matsumoto (meio-campista, Montedio Yamagata)

• Rui Osako (meio-campista, Iwaki FC)

• Kozei Oikawa (meio-campista, Ryukyu Okinawa)

• Motohiko Nakajima (atacante, Vegalta Sendai)

• Kengo Furuhama (atacante, Osaka Uni H&SS)

• Ryoga Yamazaki (atacante, Kyoto Sanga)

• Jaroensak Wonggorn (atacante, BG Pathum United)

• Go Watanabe (atacante, Júbilo Iwata)

• Jun Nishikawa (atacante, Iwaki FC)

 ⬇ SAÍDAS:

• Han-been Yang (goleiro, Sagan Tosu)

• Tatsuya Yamashita (defensor, aposentadoria)

• Justin Hubner (defensor, Wolverhampton Wanderers Sub-21/ING)

• Nelson Ishiwatari (defensor, Iwaki FC. Empréstimo)

• Hiroshi Kiyotake (meio-campista, Oita Trinita)

• Hirotaka Tameda (meio-campista, Júbilo Iwata)

• Kaito Konomi (meio-campista, Giravanz Kitakyushu. Empréstimo)

• Kosei Oikawa (meio-campista, Fujieda MYFC. Empréstimo)

• Shinnosuke Kinoshita (meio-campista, Nankatsu SC. Empréstimo)

• Léo Ceará (atacante, Kashima Antlers)

• Ryogo Yamasaki (atacante, V-Varen Nagasaki)

• Hiroto Yamada (atacante, Sagan Tosu)

• Ryo Watanabe (atacante, Júbilo Iwata)

• Go Watanabe (atacante, Sagan Tosu. Empréstimo)

• Jordy Croux (atacante, Júbilo Iwata)

• Capixaba (atacante, Shimizu S-Pulse)

• Jun Nishikawa (atacante, Sagan Tosu. Empréstimo)

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📊 Última campanha: 5° lugar e acesso nos Play-Offs (17V/14E/07D | 65 pontos)

📋 Técnico: Takashi Kiyama 

📈 Melhor temporada: nunca disputou

 🏟 Estádio: City Light Stadium

Entre as novidades da nova temporada da J-League, o Fagiano Okayama brilha como um protagonista inédito. Afetuosamente apelidado de “Fagi” por sua torcida, o clube alcança pela primeira vez a elite do futebol japonês, marcando um capítulo histórico em sua trajetória.

Embora tenha começado com boas atuações, o time enfrentou momentos de instabilidade na J2.  Ainda assim, superou os desafios e saiu vitorioso nos Play-offs, carimbando sua vaga na divisão principal.

A escassez de criatividade no setor ofensivo foi o maior obstáculo para o Fagiano Okayama, refletindo em números preocupantes no ataque. Entre os seis melhores da competição, o clube ostentou o pior índice de gols marcados, sendo superado nesse aspecto até por times da parte de baixo da tabela. A equipe adota um estilo de jogo caracterizado por bolas longas e triangulações frequentes entre os alas e os meio-campistas.

A equipe fez algumas aquisições que podem ser interessantes para o setor, como Noah Kenshin Browne, atacante nascido no Canadá, mas com cidadania japonesa. De bom porte físico e com passagem pelas divisões de base do Japão, Browne foi um dos destaques do Tokushima Vortis na J2, com sete gols e três assistências, ficando em segundo lugar na artilharia da equipe. Pode ser que ele se torne a referência no comando de ataque do Fagiano Okayama.

Outro reforço importante é o meia Ataru Esaka, que chega diretamente do futebol sul-coreano, após passagem pelo Ulsan Hyundai. Embora já tenha mais de trinta anos e não viva sua melhor fase, ele conta com uma trajetória sólida pelo futebol japonês, com destaque para seu período no Kashiwa Reysol e outros bons momentos com o Urawa Reds. Embora já não seja o jogador de antes, ele ainda pode contribuir bastante, tanto tecnicamente quanto com sua experiência acumulada, principalmente para ajudar o novato Fagi a tentar se firmar na elite.

Embora o ataque tenha deixado a desejar, o sistema defensivo do Fagiano Okayama foi um verdadeiro diferencial. Com uma linha de três zagueiros sólida e disciplinada, a equipe demonstrou grande eficiência ao ocupar os espaços, protegendo cada centímetro do campo. A marcação era precisa, tanto em lances rasteiros quanto nas bolas aéreas, e contou ainda com a segurança do goleiro alemão Svend Brodersen, que contribuiu decisivamente.

Com Takashi Kiyama prestes a completar três anos no comando do time, sua permanência para a temporada na J1 é vista como um movimento estratégico. A continuidade do treinador garante uma gestão técnica que conhece profundamente as características do elenco e pode maximizar seu potencial.

CHEGADAS:

• Hijiri Kato (defensor, Yokohama F. Marinos)

• Yugo Tatsuta (defensor, Kashiwa Reysol)

• Kota Kudo (defensor, Urawa Reds)

• Ryunosuke Sato (meio-campista, FC Tokyo)

• Seiga Sumi (meio-campista, Universidade Meiji)

• Yoko Iesaka (meio-campista, Universidade Chuo)

• Kaito Fujii (meio-campista, Universidade Ryutsu Keizai)

• Ataru Esaka (meio-campista, Ulsan Hyundai/COR)

• Noah Kenshin Browne (atacante, Tokushima Vortis)

 ⬇ SAÍDAS:

• Daiki Hotta (goleiro, Vegalta Sendai)

• Rissei Taniguchi (goleiro, Giravanz Kitakyushu)

• Ryosuke Kawano (defensor, SC Sagamihara. Fim do empréstimo)

• Ryo Takahashi (defensor, sem clube)

• Yota Fujii (defensor, Kamatamare Sanuki)

• Yuya Takagi (defensor, Tokushima Vortis)

• Haruka Motoyama (meio-campista, Vissel Kobe)

• Yudai Tanaka (meio-campista, Ventforet Kofu)

• Kyoya Yamada (meio-campista, aposentadoria)

• Sora Igawa (meio-campista, FC Gifu)

• Koju Yoshio (meio-campista, Kagoshima Utd)

• Jumpei Hayakawa (atacante, Urawa Reds. Fim do empréstimo)

📊 Última campanha: 7° lugar (15V/09E/14D | 54 pontos)

📋 Técnico: Rikizo Matsuhashi

📈 Melhor temporada: 2019 (vice-campeão) 

🏟 Estádio: Ajinomoto Stadium

Mesmo com uma evolução em relação a 2023, ainda vejo a equipe distante daquele auge de 2019, algo que julgo improvável de vermos se repetindo tão cedo. A grande inconsistência do FC Tokyo tem sido um desafio constante: o time pode passar de uma boa sequência invicta para um longo jejum sem vitórias. O elenco precisa urgentemente de ajustes, com foco na recuperação física de atletas e no fortalecimento defensivo. As constantes lesões têm obrigado os “Tanukis”’ a rotacionar o time, o que afeta a continuidade do trabalho e a formação ideal.

A aplicação da pressão alta também se mostrou um problema na última temporada. Sempre que o meio de campo subia para apertar a saída de bola do adversário e falhava, o time raramente conseguia se recompor a tempo para dar suporte à defesa. Esse esforço limitado deixava a retaguarda vulnerável, como se houvesse uma desarticulação entre os setores.

O volante Takahiro Ko, adquirido do Albirex Niigata, conseguiu corresponder às expectativas e se firmou como um dos nomes a se destacar também para esta próxima temporada. Com seu senso de posicionamento apurado e excelente leitura de jogo, pode evoluir ainda mais se contar com um companheiro de meio-campo à sua altura. Kei Koizumi também teve um papel importante, demonstrando competitividade e comprometimento.

Outro ponto negativo que vejo no clube da capital, e que é bastante comum no futebol brasileiro, é a dificuldade em fazer uma transição bem-feita após determinado período de relativo sucesso – como os tempos de Kenta Hasegawa, que comandou o time de 2017 a 2021. Desde então, passaram-se três técnicos diferentes, mas nenhum conseguiu implementar uma verdadeira mudança no time, gerando a impressão de que a equipe continua a depender de jogadores veteranos que já não agregam tanto. O técnico australiano Peter Cklamovski fez um esforço para dar espaço a jovens como Teppei Oka, Kanta Doi, Kota Tawaratsumida e Soma Anzai, mas, devido à inexperiência, o impacto desses jogadores foi limitado.

Apesar disso, seria injusto não tecer elogios; Tawaratsumida é uma promessa para ainda ficarmos de olho. Ele se destaca pela habilidade e pelo bom drible, embora ainda apresente dificuldades no terço final. Já Anzai, apesar de parecer desconectado em boa parte do tempo, conseguiu ser útil durante a temporada graças à sua combatividade.

De maneira geral, Cklamovski tentou se distanciar do estilo de jogo de posse de bola de Albert Puig, adotando uma abordagem mais vertical e dinâmica. Porém, essa transição ainda não foi plenamente bem-sucedida. Com uma visão otimista, acredito que essa mudança possa ser uma boa direção, uma vez que o clube da capital possui pontas de excelente qualidade. Jogadores como Teruhito Nakagawa, Keita Endo e o talentoso novato Tawaratsumida, quando têm espaço, são capazes de impressionar, mostrando agilidade, técnica refinada e um excelente controle da bola.

O atacante brasileiro Diego Oliveira está se aposentando, e confesso que vou sentir falta de suas cobranças de pênalti tão características. Mas é justamente no setor ofensivo que o Tokyo trouxe seu principal reforço: o também brasileiro Marcelo Ryan, que chega do Sagan Tosu. A contratação é mais do que acertada, pois Ryan foi, sem dúvida, o principal nome de sua antiga equipe em 2024, marcando 14 gols e sendo uma ameaça constante para qualquer defesa, além de contar com a tenra idade de somente vinte e dois anos. Os Tanukis podem ter encontrado um bom atacante para longos anos.

O Tokyo repatriou o meio-campista Kento Hashimoto, um velho conhecido da torcida. Com trinta e um anos, o jogador tem uma trajetória marcante no clube, onde iniciou sua carreira nas categorias de base e permaneceu por quase uma década, vivendo grandes momentos, incluindo algumas convocações para a seleção japonesa. Ele também foi constantemente sondado por clubes europeus, mas quando finalmente foi contratado, sua passagem no Velho Continente não foi das melhores, com o jogador não conseguindo se firmar — com exceção de alguns períodos de destaque no futebol russo, jogando pelo Rostov. Ele chega, mais precisamente, após duas experiências no futebol espanhol, defendendo tanto o Huesca, quanto o Eibar.

Mas voltando a falar sobre o tatiquês, e como mencionei anteriormente, era recorrente ver um time completamente vulnerável quando sua pressão-alta era quebrada; quando batido, a defesa do FC Tokyo se mostrava um pesadelo, com os defensores incapazes de lidar com o ímpeto adversário e frequentemente se colocando em situações de risco. Parte do problema estava na falta de coordenação entre os primeiros blocos do FC Tokyo, que não avançavam de forma integrada, resultando nesse “gap” equivocado na defesa.

O clube optou por Rikizo Matsuhashi como seu treinador para 2025, uma escolha que, na minha opinião, pode ser promissora. Ele passou aproximadamente três anos no Albirex Niigata, onde levou a equipe ao título da J2 em 2022.

Para complementarmos, podemos dizer que o torcedor Tanuki ainda teve outros motivos para se queixar. A equipe terminou abaixo do rival Tokyo Verdy pela primeira vez em 23 anos e, além disso, também ficou atrás do modesto Machida Zelvia, outro clube da capital que havia conquistado recentemente o acesso à elite. Para 2025, os azuis e vermelhos terão o desafio de reconquistar a confiança da torcida. 

CHEGADAS:

• Wataru Goto (goleiro, promovido das categorias de base)

• In-hwan Baek (defensor, Zweigen Kanazawa. Retorno do empréstimo)

• Shuto Nagano (defensor, promovido das categorias de base)

• Seiji Kimura (defensor, Sagan Tosu. Retorno do empréstimo)

• Kento Hashimoto (meio-campista, SD Eibar/ESP)

• Kyota Tokiwa (meio-campista, Universidade Meiji)

• Hisatoshi Nishido (meio-campista, FC Gifu. Retorno do empréstimo)

• Koki Tsukagawa (meio-campista, Kyoto Sanga. Retorno do empréstimo)

• Tsubasa Terayama (meio-campista, Sagan Tosu. Retorno do empréstimo)

• Marcelo Ryan (atacante, Sagan Tosu)

• Taiyo Yamaguchi (atacante, promovido das categorias de base)

• Jája Silva (atacante, Sagan Tosu. Retorno do empréstimo)

 ⬇ SAÍDAS:

• Tsuyoshi Kodama (goleiro, aposentadoria)

• Hotaka Nakamura (defensor, Machida Zelvia)

• Renta Higashi (defensor, Giravanz Kitakyushu. Empréstimo)

• Shuto Okaniwa (defensor, JEF Utd. Chiba. Empréstimo)

• Ryunosuke Sato (meio-campista, Fagiano Okayama. Empréstimo)

• Riki Harakawa (meio-campista, Kashiwa Reysol)

• Ryotaro Araki (meio-campista, Kashima Antlers. Fim do empréstimo)

• Naoki Kumata (atacante, Iwaki FC. Empréstimo)

• Diego Oliveira (atacante, aposentadoria)

📊 Última campanha: 4° lugar (18V/12E/08D | 66 pontos)

📋 Técnico: Dani Poyatos

📈 Melhor temporada: 2005 e 2014 (Campeão)

🏟 Estádio: Panasonic Stadium Suita

Enfim, após temporadas de frustrações e desconfiança, o Gamba Osaka voltou a animar sua torcida com uma campanha consistente. Com um futebol sólido, houve momentos em que o time não apenas inspirou confiança, mas também deixou a sensação de que poderia lutar pelo topo da tabela.

A temporada foi um choque positivo para muitos. Depois de um 2023 desastroso – o pior da história do clube, que terminou na 16ª posição –, poucos acreditavam que os Nerazzurri se reergueriam tão rápido. Dani Poyatos, no entanto, permaneceu firme no comando técnico, enfrentou as desconfianças e, aos poucos, encontrou o rumo certo. O resultado? Uma campanha que não só superou as adversidades, mas colocou o time entre os destaques da J-League.

Para o Gamba Osaka, a temporada promete ser marcada por duas palavras: confiança e continuidade. Poyatos parece ter aprendido com os desafios de 2023, mostrando maior entendimento do elenco e construindo sobre as lições do passado.

Muito organizado e com uma solidez defensiva louvável, o Gamba Osaka finalmente parece ter encontrado seu rumo. Adotando blocos defensivos mais compactos e recuados, a equipe reduziu os riscos, contrastando com o descontrole da temporada anterior. Entretanto, como esperado, essa postura também permitiu que os adversários controlassem mais a posse de bola. Foi nesse cenário que alguns nomes apareceram: Jun Ichimori teve uma performance brilhante, consolidando-se, na opinião deste que vos escreve, como o melhor goleiro do país na temporada. Além de seguro na baliza, ainda contribuía nas saídas de bola. O zagueiro Shinnosuke Nakatani também chamou a atenção, aproveitando a lesão do companheiro Genta Miura, ele não só elevou o nível da linha de defesa, como conseguiu potencializar seu parceiro Shota Fukuoka, que jogava ao seu lado. Estes foram alguns pontos que fizeram do Gamba Osaka ter, de maneira surpreendente, a 2ª defesa menos vazada do certame, o que parecia improvável durante a temporada 2023.

Entre os principais desafios do Gamba Osaka na temporada, destacam-se a limitação do elenco e o rendimento ofensivo aquém do desejado. Ainda assim, Takashi Usami foi a peça central do ataque, contribuindo com 12 gols e 8 assistências, totalizando participação direta em impressionantes 20 dos 49 gols da equipe. Esses dados não apenas reforçam sua importância, mas também evidenciam a excessiva dependência dos Nerazzurri no talento do veterano atacante.

Kanji Okunuki está retornando do futebol europeu, mais precisamente do FC Nürnberg, da Alemanha, para reforçar o ataque. Antes disso, também passou pelo futebol polonês, defendendo o Górnik Zabrze. Com apenas 25 anos, o atacante é versátil e costuma ter preferência por jogar como segundo atacante, sendo mais uma opção no setor ofensivo.

Além dele, há também Harumi Minamino.  Confesso que imaginava que ele seria novamente emprestado nesta temporada, mas seu bom desempenho no Tochigi SC parece ter conquistado a comissão técnica. Formado nas categorias de base, Minamino já havia mostrado seu potencial durante o empréstimo ao Tegevajaro Miyazaki, e, na última temporada, foi um dos principais jogadores do Tochigi, marcando sete gols e registrando duas assistências. Ágil e habilidoso, ele tem a capacidade de aproveitar as oportunidades e balançar as redes.

O brasileiro Welton destacou-se como talvez o melhor parceiro de Takashi Usami na temporada, contribuindo com 4 gols e 5 assistências. Outro nome de impacto foi Ryoya Yamashita, cuja velocidade trouxe dinâmica ao time, embora sua finalização ainda precise de ajustes. Isa Sakamoto, jovem promissor, também chamou a atenção. Seu desenvolvimento em 2025 pode ser crucial, já que ele se mostra eficiente nas transições e no ataque aos espaços, apesar de ainda carecer de maior eficácia nas jogadas finais.

Pensar no Gamba Osaka brigando pelo título nacional ainda parece improvável, e até figurar como protagonista da disputa é um desafio. Porém, a campanha surpreendente da última temporada reacendeu a esperança entre os torcedores. Com uma base sólida, organizada de trás para frente, os Nerazzurri terão que confiar no trabalho de Dani Poyatos e investir bem no mercado de transferências para transformar essas esperanças em conquistas concretas.

 ⬆ CHEGADAS:

• Kosei Tani (goleiro, Machida Zelvia. Retorno do empréstimo)

• Shogo Sasaki (defensor, JEF United Chiba)

• Rihto Yamamoto (meio-campista, Sint-Truidense V.V./BÉL)

• Ryuta Takahashi (meio-campista, Giravanz Kitakyushu. Retorno do empréstimo)

• Hiroto Yamami (atacante, Tokyo Verdy. Retorno do empréstimo)

• Harumi Minamino (atacante, Tochigi SC. Retorno do empréstimo)

• Gaku Nawata (atacante, Colégio Kamimura Gakuen)

• Kanji Okunuki (atacante, 1. FC Nürnberg/ALE)

• Naohiro Sugiyama (atacante, JEF United Chiba. Retorno do empréstimo)

• Jiro Nakamura (atacante, Matsumoto Yamaga. Retorno do empréstimo)

• Shoji Toyama (atacante, Roasso Kumamoto. Retorno do empréstimo)

 ⬇ SAÍDAS:

• Kei Ishikawa (goleiro, Ventforet Kofu)

• Keisuke Saka (defensor, Tochigi SC)

• Ibuki Konno (defensor, Ehime FC, empréstimo)

• Riku Matsuda (defensor, sem clube)

• Yuya Fukuda (meio-campista, Tokyo Verdy)

• Musashi Suzuki (atacante, Yokohama FC)

• Hideki Ishige (atacante, Wellington Phoenix/AUS)

📊 Última campanha: 5° lugar (18V/11E/09D | 65 pontos)

📋 Técnico: Toru Oniki

📈 Melhor temporada: 1996, 1998, 2000, 2001, 2007, 2008, 2009 e 2016 (Campeão)

🏟 Estádio: Kashima Soccer Stadium

O clube mais vitorioso da história do futebol japonês, que já foi sinônimo de excelência na J-League, continua a viver um momento de queda acentuada. Distante das glórias passadas, sua trajetória recente tem sido marcada por oscilações constantes e uma série de resultados frustrantes. Na última temporada, uma sequência de altos e baixos, somada à perda de pontos fáceis e à demissão do técnico, afastaram qualquer possibilidade de recuperação. Mesmo quando parecia estar reagindo, o time acabou sem forças para assegurar uma vaga em competições internacionais para o ano de 2025.

Embora o Kashima Antlers não consiga repetir o domínio de outras épocas, é difícil justificar tantas críticas para quem assiste de longe.  Os números, de fato, não mentem: o clube obteve o 3º lugar em 2018 e 2019 e, de 2020 a 2024, manteve-se sempre entre os 5 primeiros. Esse desempenho mostra regularidade e estabilidade, mas a expectativa de torcedores e simpatizantes é sempre mais alta para um clube com tanta história. O problema está no fato de que, mesmo com boas campanhas, o Antlers não foi capaz de disputar de forma concreta o título em nenhum desses anos.

A sensação que prevalece é de que o clube carece daquele “algo a mais”, o passo decisivo que poderia impulsioná-lo de volta às conquistas, algo que sempre foi uma constante em sua trajetória — e isso, somado a uma diretoria que não tem correspondido às expectativas fora dos gramados.

A equipe apresenta qualidade em quase todas as zonas do campo e tem em Yuma Suzuki um dos melhores atacantes do Japão. Ele se consolidou como um dos melhores do país ao longo dos anos e é a principal referência ofensiva do time. Com um estilo de jogo polêmico e uma personalidade marcante, Suzuki é exímio em explorar as falhas da defesa adversária, além de se destacar tanto nas disputas de bolas aéreas quanto no chão. Sua capacidade de definir jogadas de maneira letal é impressionante. É realmente lamentável que, devido a questões extracampo, ele não seja convocado para a seleção nacional.

Para fortalecer ainda mais o elenco, o Antlers anunciou a contratação do atacante brasileiro Léo Ceará, ex-Cerezo Osaka e vice-artilheiro da J-League na última temporada. Ele já é destaque há algum tempo no futebol local, com passagens de sucesso também pelo Yokohama F. Marinos. Nas últimas quatro temporadas, foram mais de sessenta gols marcados em pouco mais de cento e cinquenta partidas.

O meia-atacante Ryotaro Araki estará no elenco para a temporada de forma definitiva. Emprestado ao FC Tokyo em 2024, ele teve um desempenho tão notável que foi convocado para a Copa da Ásia Sub-23, onde se consagrou campeão, anotando um gol e contribuindo com duas assistências – a última delas no gol que garantiu o título japonês. Além disso, Araki participou dos Jogos Olímpicos de 2024, na França. No FC Tokyo, ele foi o artilheiro da liga, com sete gols e quatro assistências.

Na defesa, Kimito Nono se destacou como uma grata surpresa na lateral-direita, mostrando grande potencial ofensivo ao criar diversas ameaças aos adversários. Ainda jovem e inexperiente, ele apresenta algumas dificuldades defensivas, algo compreensível para sua idade. Em setembro, sofreu uma lesão grave, mas a expectativa é de que se recupere bem e esteja pronto para a próxima temporada, em plenas condições físicas.

No meio de campo, Shintaro Nago teve, na minha opinião, a melhor temporada de sua carreira, mas está de saída para o Avispa Fukuoka. Mesmo assim, o Kashima Antlers ainda conta com bons nomes no setor, como Kei Chinen, que também teve um desempenho surpreendente no último ano, e o experiente Gaku Shibasaki. No entanto, um possível ponto de fragilidade pode estar na proteção defensiva, já que percebo que, muitas vezes, os jogadores dessa função acabam se destacando mais ofensivamente do que no cumprimento de suas responsabilidades defensivas. À esquerda, Koki Anzai fez uma boa temporada, mas, assim como Nono, suas principais qualidades foram mais evidentes no jogo agressivo e na maneira como se posiciona no campo ofensivo, ajudando nas investidas.

Devemos ter em mente que, em essência, esses jogadores são defensores. Ao se concentrarem tanto no ataque, ambos os laterais acabavam criando enormes espaços defensivos, o que tornava o time vulnerável e forçava os zagueiros a compensar essas lacunas. Ikuma Sekigawa e Naomichi Ueda faziam o que podiam para cobrir esses buracos. Talvez, se o time adotasse uma postura mais cautelosa, com blocos mais baixos, essas vulnerabilidades pudessem ser atenuadas.

Porém, a principal novidade que o Kashima Antlers traz para a nova temporada está, literalmente, à beira do campo: Toru Oniki. O treinador multicampeão pelo Kawasaki Frontale foi o escolhido para assumir a equipe, e, pessoalmente, não poderia estar mais ansioso e satisfeito com essa decisão. A última vez que me senti empolgado para acompanhar o clube por conta de um treinador foi em 2021, com René Weiler, da Suíça. Desde então, diversos nomes passaram pelo Kashima Soccer Stadium, mas nenhum gerou tanta expectativa quanto Oniki. Ver o homem que comandou o melhor time da história da liga, conquistando título após título, e que chegou a ser cogitado para treinar a seleção japonesa, é um motivo de grande entusiasmo para a temporada de 2025.

 ⬆ CHEGADAS:

• Yoshihiro Shimoda (goleiro, Iwaki FC)

• Tae-hyeon Kim (defensor, Sagan Tosu)

• Kyouhei Tagawa (defensor, Heart of Midlothian/ESC)

• Ryuta Koike (defensor, Yokohama FC)

• Naoki Hayashi (meio-campista, Tokyo Verdy)

• Ryotaro Araki (meio-campista, FC Tokyo)

• Léo Ceará (atacante, Cerezo Osaka)

• Homare Tokuda (atacante, promovido das categorias de base)

 ⬇ SAÍDAS:

• Hidenori Sugai (defensor, Kyoto Sanga)

• Naoki Hayashi (defensor, Tokyo Verdy)

• Kaishu Sano (meio-campista, 1. FSV Mainz 05/ALE)

• Shintaro Nago (meio-campista, Avispa Fukuoka)

• Itsuki Someno (meio-campista, Tokyo Verdy)

• Tomoya Fujii (meio-campista, Shonan Bellmare)

• Ryotaro Nakamura (meio-campista, Montedio Yamagata)

• Shoma Doi (meio-campista, Montedio Yamagata)

• Hayato Nakama (meio-campista, Kashiwa Reysol)

• Yuta Matsumura (meio-campista, Tokyo Verdy, empréstimo)

• Naoki Suto (meio-campista, Tochigi SC, empréstimo)

• Yuki Kakita (atacante, Kashiwa Reysol)

• Guilherme Parede (atacante, CA Talleres/ARG. Fim do empréstimo)

📊 Última campanha: 17° lugar (09V/14E/15D | 41 pontos) 

📋 Técnico: Ricardo Rodríguez

📈 Melhor temporada: 2011 (Campeão) 

🏟 Estádio: Sankyo Frontier Kashiwa Stadium

A presença do Kashiwa Reysol neste Guia ilustra como o futebol nunca deixa de surpreender.  Mesmo com uma campanha desastrosa, somando apenas duas vitórias desde julho, na 22ª rodada, o time conseguiu o impossível: evitar o rebaixamento para a J2. Por mais impressionante que seja, isso só foi possível porque outros três clubes apresentaram campanhas ainda mais frágeis, o que ressalta a imprevisibilidade do campeonato.

Os números não mentem: o Kashiwa Reysol foi o time que menos venceu na temporada, com apenas 9 vitórias, igualando-se ao Consadole Sapporo, que acabou rebaixado. Para efeito de comparação, os outros dois clubes que caíram somaram 10 triunfos cada. O modelo de jogo do time se apoia em um perfil defensivo, com pouca capacidade criativa e uma dependência excessiva de jogadores específicos; o trabalho do técnico Masami Ihara, durante anos auxiliar do brasileiro e vencedor Nelsinho Baptista, definitivamente “não saiu do lugar” em momento algum.

O bloco médio-baixo até era executado com competência em algumas ocasiões, mas não garantia resultados consistentes. O clube sobreviveu com o auxílio da sorte, mas flertar constantemente com o perigo pode acabar custando caro, pois a sorte sempre tem seu fim – a equipe padeceu também ao sofrer repetidas vezes, gols nos minutos finais.

Falando do time, são poucos os nomes dignos de destaque para a nova temporada. O atacante Mao Hosoya teve um desempenho apenas mediano, enquanto Kosuke Kinoshita, que atua na mesma posição, chega em alta para 2025 após ser o artilheiro do Reysol no último ano, com 10 gols na liga. No meio-campo, Takuya Shimamura mostrou potencial e pode ganhar mais espaço nesta temporada.

Se há alguém digno de menção na linha defensiva do Kashiwa Reysol, esse alguém é Taiyo Koga. Capitão e referência da equipe, ele atravessou a tormenta de uma temporada desastrosa com dignidade, mesmo sendo constantemente desafiado por parcerias improvisadas e falta de entrosamento no setor. Com sua habilidade técnica e capacidade de jogar com os dois pés, Koga se manteve firme, assumindo o papel de líder e tentando evitar que o desastre fosse ainda maior.

Visando melhorar a defesa, Hayato Tanaka retorna ao Reysol após seu empréstimo ao V-Varen Nagasaki. Não apenas espero vê-lo em campo, mas acredito que ele pode se encaixar muito bem na equipe, caso o Reysol apresente uma nova versão em 2025, conforme minhas expectativas. Tanaka aproveitou seus minutos na J2 de forma bastante positiva, demonstrando serenidade e evitando erros, com boa técnica e uma saída de bola limpa, sempre encontrando opções entre as linhas. Como zagueiro canhoto, tenho grandes esperanças nele para esta temporada.

O ano de 2025 promete ser árduo para o Kashiwa Reysol, que precisará se reinventar para evitar repetir os erros dos últimos anos. A saída de Matheus Sávio para o Urawa Reds será uma perda significativa. Para este que escreve, o meia brasileiro foi o melhor em sua posição no campeonato, destacando-se em uma temporada brilhante. Revelado pelo Flamengo (BRA), Sávio se destacou pela versatilidade: criava jogadas, finalizava, cruzava e, ainda assim, contribuía defensivamente. Sua habilidade com a bola nos pés era impressionante, mas sua entrega coletiva foi igualmente notável. Nos Reds, ele terá a chance de se destacar em um ambiente menos dependente de sua qualidade. Eu acreditava que Riku Ochiai ficaria no clube após um empréstimo bem-sucedido ao Mito HollyHock durante a J2, mas ele não estará presente em 2025, negociado para o Albirex Niigata.

É também do Niigata que vem uma contratação que muito me interessa: o goleiro Ryosuke Kojima. Além de ser sólido em sua principal função, que é defender, ele chama a atenção por saber jogar com os pés. Esse movimento no mercado pode ser um indicativo de como o Reysol se posicionará em campo nesta nova temporada, algo que vamos explorar a seguir.

Todas as minhas expectativas para 2025 com o Kashiwa Reysol se concentram na chegada do técnico espanhol Ricardo Rodríguez. Com uma certa experiência no Japão, ele construiu sua reputação no Tokushima Vortis (2016-2020) e no Urawa Reds (2020-2022), deixando seu nome. Recentemente, sua passagem pelo Wuhan Three Towns, na China, foi menos impressionante, mas ainda acredito em seu potencial. Sou um entusiasta de sua visão de jogo e da forma como ele implementa suas ideias, especialmente em seus tempos no Japão. Sua chegada simboliza uma ruptura definitiva com o estilo que dominou o Reysol nos últimos anos, e mal posso esperar para acompanhar os próximos capítulos dessa jornada.

CHEGADAS:

• Ryosuke Kojima (goleiro, Albirex Niigata)

• Daiki Sakata (goleiro, Avispa Fukuoka)

• Taisei Kuwata (defensor, Universidade Chukyo)

• Hayato Tanaka (defensor, V-V Nagasaki. Retorno do empréstimo)

• Wataru Harada (defensor, Sagan Tosu)

• Nobuteru Nakagawa (meio-campista, Universidade Hosei)

• Kohei Tezuka (meio-campista, Sagan Tosu)

• Wataru Iwashita (meio-campista, Roasso Kumamoto. Retorno do empréstimo)

• Masaki Watai (meio-campista, Tokushima Vortis)

• Takuto Kato (meio-campista, Fukushima United. Retorno do empréstimo)

• Nabel Yoshitaka Furusawa (atacante, Universidade Internacional Tóquio)

• Yuki Kakita (atacante, Kashima Antlers)

• Mohamad Sadiki Wade (atacante, promovido das categorias de base)

 ⬇ SAÍDAS:

• Tatsuya Morita (goleiro, Machida Zelvia)

• Hiroki Sekine (defensor, Stade de Reims/FRA)

• Yugo Tatsuta (defensor, Fagiano Okayama)

• Wataru Iwashita (defensor, Roasso Kumamoto. Fim do empréstimo)

• Naoki Kawaguchi (defensor, Júbilo Iwata, empréstimo)

• Matheus Sávio (meio-campista, Urawa Reds)

• Tomoki Takamine (meio-campista, KV Kortrijk/BÉL)

• Riku Ochiai (meio-campista, Albirex Niigata)

• Takuto Kato (meio-campista, Tegevajaro Miyazaki)

• Fumiya Unoki (meio-campista, Iwaki FC, empréstimo)

• Masato Sasaki (meio-campista, Fagiano Okayama, empréstimo)

• Yuki Muto (atacante, SC Sagamihara)

• Ota Yamamoto (atacante, Tochigi SC, empréstimo)

• William Owie (atacante, FC Gifu, empréstimo)

• Mohamad Sadiki Wade (atacante, Ryukyu Okinawa, empréstimo)

• Jay-Roy Grot (atacante, sem clube)

📊 Última campanha: 8° lugar (13V/13E/12D | 52 pontos)

📋 Técnico: Shigetoshi Hasebe 

📈 Melhor temporada: 2017, 2018, 2020 e 2021 (Campeão)

🏟 Estádio: Todoroki Stadium

A era Toru Oniki chegou ao fim no Kawasaki Frontale. Responsável por transformar o clube de uma equipe comum em um dos maiores protagonistas do futebol japonês, Oniki deixa o cargo após oito anos de sucesso. O declínio no desempenho e o desgaste natural de um longo ciclo culminaram em sua saída, e o Golfinho agora se prepara para uma nova fase com a chegada de um novo treinador.

Apesar de algumas decepções, o elenco do Kawasaki Frontale para a nova temporada ainda conta com peças importantes, o que garante ao time o potencial para se manter entre os principais da J1. Embora o experiente atacante francês Bafétimbi Gomis não tenha conseguido atender às expectativas e tenha deixado o clube no meio do ano, Shin Yamada aproveitou a oportunidade, assumiu a titularidade e se destacou com 19 gols na competição. Habilidoso e fisicamente imponente, Yamada chegou a brigar pela artilharia da liga.

O brasileiro Erison segue no time, após um bom começo de temporada no ano passado. Contudo, será preciso observar como ele se recupera e reage após a lesão que sofreu. Seu compatriota Marcinho também continua, sendo uma constante dor de cabeça para as defesas adversárias com sua velocidade, habilidade e ousadia. No meio-campo, Akihiro Ienaga, veterano de longa data, continua a brilhar ao lado de Yasuto Wakizaka, ambos responsáveis por ditar o ritmo do jogo, criar jogadas e organizar o time. Kento Tachibanada também merece destaque por suas boas atuações.

A fragilidade no setor defensivo foi uma constante para a equipe, que precisou recorrer a mudanças frequentes entre os titulares. O brasileiro Jesiel não conseguiu superar os recorrentes problemas físicos, enquanto o colombiano César Haydar se mostrou inconsistente e pouco confiável. O veterano e reserva Yuichi Maruyama, por sua vez, frequentemente lidava com as mesmas questões, comprometendo ainda mais a estabilidade da defesa. Takuma Ominami teve de assumir um papel multifuncional, alternando entre a zaga central e a lateral direita, mas sua transferência para o OH Leuven, da Bélgica, representou mais um golpe para o sistema defensivo. Para completar, Asahi Sasaki foi obrigado a atuar tanto no centro da defesa quanto na lateral esquerda.

Ainda assim, mesmo com uma retaguarda debilitada, o time conseguiu preservar sua capacidade criativa no ataque, alcançando a área adversária com certa frequência e fluidez.

A situação crítica no sistema defensivo fez com que ficássemos mais animados com Kota Takai, promessa do futebol japonês, que vem atraindo olhares desde sua participação na Copa Asiática Sub-23 e nas Olimpíadas. Dono de uma boa estatura e grande precisão nos passes, ele apareceu também na seleção principal, convocado pela primeira vez em setembro do último ano.

O Kawasaki Frontale parece estar deixando seus anos de glória para trás. Pela segunda temporada consecutiva, a equipe não conseguiu apresentar um desempenho convincente. Nem mesmo o tradicional 4—3—3 foi mantido, sendo abandonado no meio da temporada em favor de um 4—2—3—1, na tentativa de encontrar mais equilíbrio. Contudo, a mudança não surtiu o efeito desejado: o setor defensivo continuou vulnerável, e os adversários exploraram com facilidade os espaços deixados às costas dos meio-campistas, que muitas vezes se alinhavam em algo próximo de um 4—4—2.

Ver o Kawasaki Frontale sem Toru Oniki à beira do gramado será, no mínimo, estranho, mas o peso de seu legado continuará marcando o clube. Com uma base experiente e jogadores acima da média, o time tem os recursos necessários para seguir competindo entre os melhores da J-League. A grande preocupação dos torcedores, no entanto, é que o Frontale perca o brilho e volte a ser apenas mais um time no cenário nacional. Conquistar o topo foi uma façanha admirável, e a equipe não apenas chegou lá, mas permaneceu no pódio por muito tempo. Agora, com o fim da era Oniki, será fascinante observar como o clube se reinventará no Todoroki Stadium.

Shigetoshi Hasebe será o responsável por liderar a equipe na próxima temporada. Suas características diferem bastante das de seu antecessor, mas sua reputação como um técnico competente e conhecedor do cenário japonês o precede. Ele chega respaldado por um trabalho consistente e duradouro no Avispa Fukuoka, onde esteve à frente entre 2020 e 2024. 

CHEGADAS:

• Geun-hyeong Lee (goleiro, Colégio Boin/COR)

• Louis Thébault-Yamaguchi (goleiro, Machida Zelvia)

• Ryota Kamihashi (defensor, Universidade Uaseda)

• Hiroto Noda (defensor, Colégio Shizuoka Gakuen)

• Kaito Tsuchiya (defensor, promovido das categorias de base)

• Tatsuya Ito (meio-campista, 1.FC Magdeburg/ALE)

• Renji Matsui (meio-campista, Vegalta Sendai. Retorno do empréstimo)

• Yuto Okei (meio-campista, Fukushima United. Retorno do empréstimo)

• Taiyo Igarashi (meio-campista, Renofa Yamaguchi. Retorno do empréstimo)

• Takatora Einaga (atacante, Tegevajaro Miyazaki. Retorno do empréstimo)

 ⬇ SAÍDAS:

• Yuki Hayasaka (goleiro, Iwaki FC, empréstimo)

• Louis Thébault-Yamaguchi (goleiro, Machida Zelvia, empréstimo)

• César Haydar (defensor, Red Bull Bragantino/BRA. Fim do empréstimo)

• Zé Ricardo (meio-campista, Shonan Bellmare, empréstimo)

• Kota Yui (meio-campista, Fukushima United, empréstimo)

• Daiya Tono (atacante, Yokohama F. Marinos)

• Bafétimbi Gomis (atacante, aposentadoria)

📊 Última campanha: 14° lugar (12V/11E/15D | 47 pontos)

📋 Técnico: Cho Kwi-jae 

📈 Melhor temporada: 2002 (5° lugar)

🏟 Estádio: Sanga Stadium Kyocera

Em uma nova demonstração de resistência, o Kyoto Sanga conseguiu mais uma vez manter-se vivo na feroz competição da J-League, lutando até o último momento para assegurar sua sobrevivência. Esta é a terceira temporada seguida desde o retorno do clube à elite, e, desta vez, o protagonismo ficou com um brasileiro, que foi fundamental para esse sucesso.

Com expectativas sempre baixas, como é habitual, o Kyoto Sanga enfrentou mais uma temporada complicada, e a ameaça de rebaixamento nunca é algo bem-vinda. A primeira metade de campeonato foi marcada por um desempenho até mesmo abaixo do esperado, com o time ocupando até a vice-lanterna. No entanto, o clube foi ganhando força ao longo da competição, pontuando regularmente e mostrando resistência contra os times mais fortes. Sob o comando de Cho Kwi-jae, técnico sul-coreano com três anos de casa e um estilo de jogo focado em pressão alta (frequentemente intensa), a dependência dos jogadores mais experientes se provou suficiente para garantir que a temporada fosse considerada aceitável, mantendo o Sanga na primeira divisão da J-League.

O meio-campista Sota Kawasaki, sempre uma presença constante em campo com seu estilo box-to-box, continua sendo um dos nomes mais eficazes do time. Shinnosuke Fukuda, lateral-direito de incrível velocidade, se destaca tanto defensivamente quanto ofensivamente, além de ter uma precisão impressionante nos cruzamentos. Taiki Hirato, que consolidou sua posição na primeira divisão japonesa nesta temporada, deixou sua marca com 2 gols e 6 assistências.

Eu lamento que o brasileiro Lucas Oliveira tenha sido negociado com o Vasco da Gama (BRA), pois ele era uma boa opção Apesar disso, o posto deverá ser ocupado por outro brasileiro, o zagueiro Patrick William, ex-Rio Ave, de Portugal. Embora seja possível notar uma certa facilidade do defensor em acumular cartões (e a ironia disso não passa despercebida), acredito que ele possui qualidades que podem compensar esse aspecto, além de trazer uma experiência de um campeonato mais competitivo, o que pode ser valioso para substituir o jogador anterior.

Embora Taichi Hara não tenha alcançado as mesmas performances de destaque que em 2023, ele continua a somar de várias formas para o Kyoto Sanga. Com um bom trabalho defensivo, especialmente na recomposição e no jogo aéreo, e presença ofensiva para ajudar seus colegas, ele encerrou a temporada com 8 gols e 2 assistências.

No entanto, o grande destaque do Kyoto Sanga, como já mencionamos no início deste texto, é um brasileiro: Rafael Elias. Chegando em julho, o atacante causou um impacto estrondoso, talvez o maior de toda a J1. Ex-jogador do Cruzeiro (BRA), ele anotou impressionantes 11 gols em 12 jogos, lutando pela artilharia mesmo com seu ingresso no meio da temporada.

Sem dúvida, foi Rafael Elias quem fez a diferença para garantir a permanência do Kyoto Sanga na elite japonesa. Sem ele, a equipe com certeza não estaria neste Guia.

Um dos novos reforços para a temporada é o centroavante Shun Nagasawa, que chega com a missão de dividir a carga ofensiva ao lado do brasileiro. Apesar da idade avançada, já vimos na própria J-League que tal fator nem sempre é um obstáculo. Com 1,92 m de altura, ele se apresenta como uma excelente opção para a função e chega como o artilheiro do Oita Trinita na J2, com seis gols na última edição.

A equipe deve novamente lutar contra o rebaixamento, mas há fatores que podem dar esperança aos seus torcedores. O time protagonizou uma recuperação impressionante no segundo semestre, o que reflete força e resiliência. As atuações individuais também são bastante positivas, com jogadores desempenhando bem suas funções. Contudo, o time tem falhas coletivas a serem corrigidas. Seu estilo de jogo, por exemplo, parece um pouco ultrapassado. A insistência em uma marcação alta, mesmo sem resultados positivos, e a fragilidade quando precisa trabalhar a posse de bola são aspectos que precisam ser ajustados, apesar de sua eficiência nos contra-ataques.

De toda forma, com Cho Kwi-jae ainda no comando, ele segue desempenhando um papel importante para garantir a permanência da equipe na elite. Não acredito que ele mudará seu estilo de jogo, e será preciso mais uma vez confiar em peças individuais, o que envolve riscos. Não podemos contar sempre com milagres de Rafael Elias. Talvez o segredo esteja em continuar apostando em contratações alternativas.

 ⬆ CHEGADAS:

• Patrick William (defensor, Rio Ave/POR)

• Rikuto Iida (meio-campista, Nara Club. Retorno do empréstimo)

• João Pedro (meio-campista, Vitória/BRA)

• Shun Nagasawa (meio-campista, Oita Trinita)

 ⬇ SAÍDAS:

• Koki Tsukagawa (defensor, FC Tokyo. Fim do empréstimo)

• Lucas Oliveira (defensor, Vasco da Gama/BRA)

• Yuta Ueda (defensor, Yuta Ueda, empréstimo)

• Keita Matsuda (meio-campista, Renofa Yamaguchi)

• Toichi Suzuki (meio-campista, Yokohama F. Marinos)

• Daiki Kaneko (meio-campista, Júbilo Iwata)

📊 Última campanha: 8° lugar (13V/13E/12D | 52 pontos)

📋 Técnico: Go Kuroda

📈 Melhor temporada: 2024 (3° lugar)

🏟 Estádio: Machida GION Stadium

A última temporada do futebol japonês foi marcada por uma grata surpresa: o Machida Zelvia. Estreante na J1 e recém-promovido, o clube protagonizou uma campanha inesquecível, alcançando a façanha de disputar o título por todo o campeonato, desafiando todas as expectativas e deixando claro seu potencial.

Grande parte desse sucesso pode ser atribuída ao seu treinador Go Kuroda – na minha opinião, o técnico do ano. Sua abordagem tática foi testada semana após semana, sempre à altura do mais alto nível do futebol japonês. O time brilhou especialmente na defesa, a melhor da liga, com apenas 34 gols sofridos ao longo de toda a temporada, um feito impressionante.

Gen Shoji e Ibrahim Drešević, o zagueiro kosovar, foram dois dos destaques defensivos da temporada, posicionando-se entre os melhores da posição. A defesa do Zelvia, já sólida na J2, evoluiu consideravelmente com a presença deles. Henry Heroki Mochizuki também se destacou, a ponto de ser convocado pela primeira vez para a seleção principal. Entre os goleiros, Kosei Tani se mostrou impecável, sendo fundamental sempre que necessário e se consolidando como um dos melhores do torneio.

O time ainda trouxe dois nomes para reforçar a zaga: Hotaka Nakamura, que estava no FC Tokyo, e Ryuho Kikuchi, ex-jogador do Vissel Kobe. Ambos estão em boa idade e podem agregar muito, mas tenho minhas reservas quanto a alguns pontos. Nakamura já sofreu algumas lesões, e Kikuchi, embora experiente e com títulos importantes, não está mais em seu auge. Se conseguir voltar a sua melhor forma, no entanto, sem dúvida agregará muito. No geral, ambos têm potencial para somar ao elenco.

No meio de campo, Kai Shibato, Hokuto Shimoda, Keiya Sento e até Ryohei Shirasaki se revezavam com grande competência, oferecendo equilíbrio entre a construção e a recuperação de posse. Além de sua velocidade e capacidade de desarme, esses jogadores se destacaram pela agilidade em conectar as fases ofensiva e defensiva da equipe. O primeiro deles, no entanto, está de saída, já que seu empréstimo chega ao fim e ele retornará ao Urawa Reds.

O Machida Zelvia trouxe algumas opções para o meio de campo, mas nenhuma delas chama tanto a atenção quanto a chegada de Hiroyuki Mae. O meio-campista estava no Avispa Fukuoka desde 2020, onde se tornou o ‘coração’ da equipe e um dos principais jogadores na sua função no campeonato. Aos 29 anos, Mae deixa Fukuoka com quase 200 partidas disputadas para reforçar o Machida Zelvia, com a intenção de agregar experiência e resiliência. Conhecido por sua inteligência, domínio nos duelos e capacidade de distribuir o jogo, ele é a típica contratação que sinaliza as intenções do Machida Zelvia de permanecer na parte superior da tabela da J-League.

Embora o sistema ofensivo não tenha se baseado em estrelas individuais, a força coletiva foi o principal trunfo da equipe. Shota Fujio se sobressaiu ao marcar 7 gols, enquanto o sul-coreano Oh Se-hun se mostrou valioso, oferecendo sua presença no pivô e ajudando a movimentar o ataque.

Como a receita tem se mostrado extremamente eficaz, espera-se que o Machida Zelvia siga apostando na mesma fórmula para esta temporada. Apesar de alguns críticos considerarem o estilo de jogo de Go Kuroda pouco atraente, é difícil questionar seus resultados. O time tem se destacado pelo seu foco no pragmatismo, utilizando muitas bolas longas para seus atacantes altos, aproveitando disputas aéreas e lutando intensamente pelas segundas bolas. Com uma defesa quase intransponível, o estilo do Zelvia, centrado no jogo direto e nos cruzamentos, é praticamente único na J-League.

Os defensores do Machida Zelvia são o ponto alto, como já citado; demonstram uma excelente noção de espaço e um entendimento notável entre si, resultado de muito entrosamento e de um coletivo sólido. Eles se mantêm compactos, cobrindo todos os espaços do campo e se ajudando mutuamente, o que reflete o árduo trabalho de Go Kuroda. Apesar do êxito defensivo, o ataque não é tão ameaçador; devido ao estilo de jogo adotado, as oportunidades criadas são poucas e dependem muito do aproveitamento dos atacantes. Além disso, as reposições no meio do ano, após a perda de peças durante a temporada, não se encaixaram como esperado.

Mas são desafios que fazem parte do processo, e agora cabe esperar que essas questões sejam resolvidas em 2025.

Não há como negar que muitos não simpatizaram com o estilo do Machida Zelvia: um jogo físico, repleto de catimba, faltas, bolas longas constantes e cobranças de lateral para a área. No Brasil, certamente esse tipo de futebol seria criticado e apelidado de ‘futebol-feio’. E embora alguns torcedores no Japão também tenham torcido o nariz para a filosofia de Go Kuroda, o time continuou provando que sua abordagem funciona. Contra todas as críticas, o Zelvia fez uma grande campanha em sua estreia, sonhou com o título e agora se prepara para mais uma temporada, com a ambição de repetir a fórmula e, quem sabe, conquistar um troféu.

 ⬆ CHEGADAS:

• Kaung Zan Mara (goleiro, Universidade Sanno)

• Tatsuya Morita (goleiro, Kashiwa Reysol)

• Ryuho Kikuchi (defensor, Vissel Kobe)

• Hotaka Nakamura (defensor, FC Tokyo)

• Takumi Narasaka (defensor, Kamatamare Sanuki. Retorno do empréstimo)

• Daihachi Okamura (defensor, Hokkaido Consadole Sapporo)

• Chui Hiromu Mayaka (meio-campista, promovido das categorias de base)

• Je-hoon Cha (meio-campista, Colégio Jungkyung/COR)

• Hiroyuki Mae (meio-campista, Avispa Fukuoka)

• Ken Higuchi (meio-campista, Okinawa SV. Retorno do empréstimo)

• Takaya Numata (meio-campista, Kagoshima United. Retorno do empréstimo)

• Takuma Nishimura (atacante, Yokohama F. Marinos)

• Kanji Kuwayama (atacante, Universidade Tokai)

• Atsushi Kurokawa (atacante, Mito HollyHock. Retorno do empréstimo)

 ⬇ SAÍDAS:

• Koki Fukui (goleiro, Cerezo Osaka)

• Daisuke Matsumoto (defensor, Zweigen Kanazawa)

• Junya Suzuki (defensor, Yokohama FC)

• Daiki Sugioka (defensor, Shonan Bellmare. Fim do empréstimo)

• Takuya Yasui (meio-campista, JEF United Chiba)

• Kai Shibato (meio-campista, Urawa Reds. Fim do empréstimo)

• Shunta Araki (meio-campista, Vegalta Sendai)

• Kosei Ashibe (meio-campista, Mito HollyHock)

• Kazuki Fujimoto (atacante, Avispa Fukuoka)

📊 Última campanha: 11° lugar (15V/05E/18D | 50 pontos)

📋 Técnico: Kenta Hasegawa

📈 Melhor temporada: 2010 (Campeão)

🏟 Estádio: Toyota Stadium

Encerrar um campeonato no meio da tabela geralmente simboliza uma campanha morna: sem grandes deslumbres, mas também sem decepções profundas. Essa foi a trajetória do Nagoya Grampus nesta temporada. Contudo, a conquista da Copa da Liga deu um toque de brilho ao ano, garantindo ao menos um motivo concreto para celebração.

Embora não esteja entre os gigantes do futebol nacional nem brigue pelo título do campeonato, o Nagoya Grampus mantém um certo peso e respeito em nível local, o que naturalmente gera expectativas. Nas temporadas anteriores, a equipe vinha mantendo um padrão competitivo, investindo em boas contratações e montando elencos consistentes. Contudo, o rendimento apresentou uma queda considerável no último ano.

O Nagoya Grampus, clube da prefeitura de Aichi, teve sua pior temporada sob o comando de Kenta Hasegawa. Em três anos de trabalho, a 11ª colocação foi sua pior campanha. O time teve dificuldades em engajar e pode até ter terminado acima do esperado, considerando que registrou apenas cinco empates, o menor número da liga. No entanto, as 15 vitórias compensaram as 18 derrotas, evitando um desastre maior. O futebol apresentado, porém, refletiu uma queda acentuada, e o pragmatismo adotado por Hasegawa parece cada vez mais longe de ser a solução ideal.

Kennedy Egbus Mikuni me deixou dividido. Embora combine força e agilidade, sua contribuição técnica ainda é limitada. Considerando sua juventude e o fato de esta ter sido sua primeira temporada regular na J1, é compreensível que isso tenha impactado seu desempenho. Será interessante observar sua evolução no próximo ano. No mesmo setor, chamou a atenção ver Takuya Uchida atuando como zagueiro em diversas ocasiões. Já era comum vê-lo improvisado nas laterais, mas utilizá-lo centralizado não foi uma decisão que me agradou.

Daiki Miya pode ser o principal homem da zaga. Chegando do Avispa Fukuoka, ele vem de boas temporadas consecutivas. Haruya Fujii volta do futebol belga, e também pode somar; é forte no jogo aéreo.

Mesmo em um ano abaixo do esperado, o goleiro australiano Mitchell Langerak voltou a ter seu protagonismo reconhecido. Ainda que não tenha repetido o nível brilhante de suas últimas temporadas, sua consistência garantiu uma despedida honrosa. Ídolo da torcida, ele retornará à Austrália nesta temporada, encerrando uma trajetória marcante no clube. Para o seu lugar, o japonês Daniel Schmidt foi contratado, e essa escolha do clube parece acertada. Com Schmidt, há uma expectativa de que o nível na baliza do Nagoya Grampus suba ainda mais, em minha opinião.

Entre os destaques individuais, vale mencionar o volante Sho Inagaki. Versátil, incansável e sempre presente nas construções ofensivas, ele forma uma parceria eficiente com Keiya Shiihashi. Embora não sejam os jogadores mais técnicos, ambos demonstram excelente entrosamento e competitividade, cumprindo com regularidade as demandas do técnico Kenta Hasegawa.

Alguns jogadores chegam, mas poucos realmente causam entusiasmo. Yuya Asano vem do Consadole Sapporo, enquanto Ryoya Morishita, após uma passagem pelo futebol polonês, retorna ao Japão. Morishita teve um bom início por lá e, considerando sua juventude e a experiência adquirida na Europa, pode trazer algo a mais para o time. Ao menos o clube não terá Takuji Yonemoto, que estava emprestado, mas foi adquirido pelo Kyoto Sanga. Yonemoto já está na reta final de sua carreira, e o ideal é que continue no Sanga como uma opção para momentos pontuais.

O ataque do time sofre com limitações significativas, especialmente pela falta de um goleador confiável, o que pesa bastante nos resultados. O dinamarquês Kasper Junker não conseguiu repetir o desempenho das temporadas anteriores, enquanto os demais jogadores da linha ofensiva já sentem os efeitos da idade.

Dois novos nomes entram no plantel para a próxima temporada no setor. Um deles é Noriyoshi Sakai, que estava emprestado ao Renofa Yamaguchi, na J2. Embora tenha chegado na segunda metade da temporada anterior e até mostrado algum valor, não conseguiu causar um grande impacto. Com 32 anos, é versátil, jogando tanto no ataque quanto recuado como meia, com preferência pela esquerda. Além dele, o clube também contratou Yves Avelete, de 21 anos, um nome pouco conhecido até o momento. Togolês, Avelete chega com alguns gols marcados pelo Sharjah FC Sub-21, dos Emirados Árabes Unidos.

O Nagoya Grampus, de maneira geral, conta com um elenco razoável, com alguns jogadores de qualidade espalhados pelo plantel, além de uma boa saúde financeira para investir no mercado de transferências e o apoio de uma torcida apaixonada. No entanto, tenho minhas dúvidas sobre o futuro do trabalho de Kenta Hasegawa. Esta temporada será decisiva, e acredito que, caso ele não consiga levar o time para a parte superior da tabela novamente ou conquistar uma Copa para amenizar as críticas, esta pode ser sua última campanha no comando.

CHEGADAS:

• Daniel Schmidt (goleiro, KAA Gent/BÉL)

• John Higashi (goleiro, FC Ryūkyū. Retorno do empréstimo)

• Daiki Mitsui (goleiro, Tokushima Vortis. Retorno do empréstimo)

• Daiki Miya (defensor, Avispa Fukuoka)

• Teruki Hara (defensor, Shimizu S-Pulse)

• Shuhei Tokumoto (defensor, FC Tokyo)

• Yota Sato (defensor, Urawa Reds)

• Haruya Fujii (defensor, KV Kortrijk/BÉL. Retorno do empréstimo)

• Shumpei Naruse (defensor, V-Varen Nagasaki. Retorno do empréstimo)

• Gen Kato (meio-campista, Universidade Tsukuba)

• Yuya Asano (meio-campista, Hokkaido Consadole Sapporo)

• Shungo Sugiura (meio-campista, promovido das categorias de base)

• Ryoya Morishita (meio-campista, Legia Warszawa/POL. Retorno do empréstimo)

• Tojiro Kubo (meio-campista, Sagan Tosu. Retorno do empréstimo)

• Ryotaro Ishida (meio-campista, Tochigi SC. Retorno do empréstimo)

• Takuji Yonemoto (meio-campista, Kyoto Sanga. Retorno do empréstimo)

• Takuya Shigehiro (meio-campista, FC Seoul/COR. Retorno do empréstimo)

• Hidemasa Koda (meio-campista, Mito HollyHock. Retorno do empréstimo)

• Koki Toyoda (meio-campista, Iwate Grulla Morioka. Retorno do empréstimo)

• Yves Avelete (atacante, Sharja FC/EAU)

• Noriyoshi Sakai (atacante, Renova Yamaguchi. Retorno do empréstimo)

SAÍDAS:

• Mitchell Langerak (goleiro, Melbourne Victory/AUS)

• John Higashi (goleiro, Ventforet Kofu)

• Shion Inoue (defensor, Vegalta Sendai)

• Chang-rae Ha (defensor, Daejeon Hana Citizen/COR, empréstimo)

• Ei Gyotoku (defensor, Nagano Parceiro, empréstimo)

• Ryotaro Ishida (defensor, Blaublitz Akita)

• Tojiro Kubo (meio-campista, Kashiwa Reysol)

• Haruki Yoshida (meio-campista, Ehime FC, empréstimo)

• Ken Masui (meio-campista, Júbilo Iwata, empréstimo)

• Hidemasa Koda (meio-campista, Ehime FC, empréstimo)

• Tojiro Kubo (meio-campista, Kashiwa Reysol)

• Takuya Shigehiro (meio-campista, Tokushima Vortis)

• Shion Inoue (meio-campist, Vegalta Sendai)

• Noriyoshi Sakai (meio-campista, Sagan Tosu)

• Patric (atacante, Zweigen Kanazawa)

📊 Última campanha: 2° lugar (19V/11E/08D | 68 pontos)

📋 Técnico: Michael Skibbe 

📈 Melhor temporada: 2012, 2013 e 2015 (Campeão)

🏟 Estádio: Edion Peace Wing Hiroshima

Se estivéssemos falando do atual campeão da J-League, seria perfeitamente compreensível que esta seção do guia fosse dedicada ao Sanfrecce Hiroshima. No entanto, essa não é a realidade. Como fã do clube e alguém que acompanhou de perto toda a trajetória da temporada, ainda sinto certa dificuldade em entender o que faltou para a conquista do título. Contudo, deixemos as emoções de lado e passemos a analisar de forma mais racional o que aconteceu e o que o Sanfrecce Hiroshima precisa fazer para ter sucesso no próximo ano.

Com o novo estádio e uma renovação no clube, o Sanfre se manteve em alta no último ano. O time começou a temporada de forma espetacular, permanecendo invicto até a 12ª rodada. Embora alguns empates não tenham sido ideais, a equipe manteve-se firme. Mesmo com a perda de Yuki Oshashi, artilheiro da equipe, e do meio-campista Takumu Kawamura, o time  seguiu competente. No entanto, o título acabou escapando após um “outubro sombrio”, com três derrotas seguidas para times considerados inferiores (Shonan Bellmare, Kyoto Sanga e Urawa Reds). A derrota final para o Gamba Osaka e o desempenho negativo nas últimas cinco rodadas — com 4 derrotas — fizeram com que a taça escapasse por entre os dedos da equipe.

Embora o Sanfrecce Hiroshima não possua a melhor defesa do país, seu trio de zagueiros — Sho Sasaki, Hayato Araki e Tsukasa Shiotani — é, sem dúvida, um dos mais entrosados do campeonato. Jogando juntos há bastante tempo, eles se conhecem profundamente, o que compensa qualquer eventualidade, mesmo com dois deles (Sasaki e Shiotani) já ultrapassando os 30 anos. Além disso, Shuto Nakano vem em crescente evolução e estará disponível para dar suporte a essa linha de defesa quando necessário — embora ele também tenha atuado como ala. Vale destacar que Shiotani tem a versatilidade de se adiantar e atuar no meio de campo, caso a situação exija.

Naoto Arai teve uma temporada espetacular e, para mim, seria uma escolha certeira para o time da temporada ao final da competição. Vale destacar, também, a versatilidade do elenco violeta: Shunki Higashi é outro exemplo, pois, além de ser meia atuando pela esquerda, também pode desempenhar a função de ala no mesmo lado do campo. Voltando a defesa, o time ainda conta com Keisuke Osako, se destacando entre os goleiros da liga, sendo um dos melhores da competição.

Mais à frente, Hayao Kawabe fez um retorno triunfal da Europa, tendo vivido uma temporada excelente e se encaixado perfeitamente no time titular. Taishi Matsumoto segue em evolução constante, mas foi negociado para o Urawa Reds, enquanto Yotaro Nakajima desponta como um jovem promissor, merecendo atenção para o futuro.

Mas se algumas saídas acontecem, o Sanfrecce Hiroshima soube se reforçar de maneira adequada, principalmente por terem contratado Satoshi Tanaka, ex-jogador do Shonan Bellmare, que considero o melhor volante da última J-League. Com apenas 22 anos, Tanaka teve uma breve experiência no futebol europeu, mais precisamente no K.V. Kortrijk, da Bélgica, antes de retornar ao Japão na temporada passada. De estatura baixa e muita mobilidade, ele é um volante autêntico, com uma grande capacidade de recuperação de bola e uma intensidade impressionante. Além disso, ele vem aprimorando seu jogo ofensivo, avançando mais ao ataque, tendo contribuído com 4 gols e 4 assistências no campeonato anterior. O Sanfrecce conseguiu antecipar a concorrência e contratar um atleta de grande potencial, que certamente será uma adição valiosa ao elenco. Ele também já atuou mais recuado, como zagueiro, mas acredito que Michael Skibbe dificilmente o improvisará nessa função.

Com um elenco quase sem estrangeiros, o Hiroshima também não parece priorizar jogadores brasileiros, caso de Marcos Júnior, pouco utilizado  pelo técnico alemão Michael Skibbe. No entanto, o treinador demonstra grande apreço por seu compatriota Tolgay Arslan. O meia, recém-chegado do Melbourne Victory, na Austrália, impressionou com sua performance, apesar de ter jogado pouco.

Continuo apostando alto no Sanfrecce Hiroshima e tenho poucas críticas a fazer. A equipe não conseguiu conquistar o título na última temporada devido a erros cruciais na reta final, mas em 2025 eles estarão ainda mais preparados. O Três-Flechas tem tudo para voltar a levantar a taça da J-League, que não vence há 10 anos. O time é muito bem estruturado; a defesa é sólida, a construção de jogo é fluida e a chegada ao ataque é altamente eficaz, como demonstrado pelos 72 gols marcados, o melhor ataque da competição. Contudo, para dar uma visão mais equilibrada, vale ressaltar que, embora os números sejam excelentes e o jogo coletivo impressione, não houve um grande destaque individual no ataque. Ohashi, como já mencionamos, foi negociado com o futebol europeu, indo para o Blackburn Rovers (ING), o que abriu caminho para a chegada de Gonçalo Paciência, mas o português não conseguiu causar o impacto esperado. Mutsuki Kato, por sua vez, se destacou mais pela polivalência e pelas 7 assistências, mostrando sua importância para o coletivo.

Para resolver seu problema ofensivo, o Sanfrecce Hiroshima foi até Shizuoka, mais precisamente ao Yamaha Stadium, onde trouxe o atacante Ryo Germain, que defendia o Júbilo Iwata. Ele pode ser o jogador que finalmente faltava para dar ao time violeta a presença de um goleador. Embora tenha atuado por clubes de menor expressão no Japão, o que limitava suas opções, Germain teve uma temporada incrível no último ano, onde marcou 19 gols e se consolidou como o terceiro artilheiro da J-League 2024, empatado com Shin Yamada, do Kawasaki Frontale. ua ótima fase fez com que o Blackburn Rovers, da Inglaterra, dizem, o considerasse para reforçar seu ataque, mas nada evoluiu.

Agora, ele deixa o azul-bebê do Júbilo Iwata e se junta ao Sanfrecce Hiroshima, vestindo o roxo e trazendo novas esperanças para o torcedor.

A equipe também finaliza com frequência de longa distância, o que acaba inflacionando os números de “finalizações a gol”, mas muitas dessas tentativas não representam real perigo para o adversário. Apesar disso, o Sanfrecce Hiroshima soube criar boas chances e aproveitou a maior parte delas. O grande problema, porém, foi a falta de um “homem-gol”, aquele jogador em quem a equipe confia para marcar dentro da área. Como resultado, os gols foram bastante distribuídos entre os jogadores. Mesmo sendo negociado no meio da temporada, Ohashi terminou como o principal artilheiro da equipe.

Talvez, no final das contas, o Sanfrecce Hiroshima precise apenas que as ‘estrelas se alinhem’ para finalmente conquistar a J-League (um toque de ironia não faz mal, certo?). Com seu novo estádio, melhor situado e com uma torcida empolgada, o trabalho do técnico Michael Skibbe está em constante evolução. É possível sentir que a conquista de um título grandioso está ao virar da esquina, e que o time está muito perto de alcançar esse objetivo.

Era quase engraçado ver como os torcedores ‘neutros’, ou daqueles times sem chances de título, acabavam torcendo pelo Sanfrecce Hiroshima. Tinha quem rejeitava o ‘futebol feio’ do Machida Zelvia e quem não queria ver o ‘milionário’ Vissel Kobe levantando outro troféu. Agora, o que nos resta é observar quem serão os grandes adversários de 2025, mas tudo aponta para o Três-Flechas, mais uma vez, buscando o topo do futebol japonês.

CHEGADAS:

• Cailen Hill (goleiro, Universidade Uaseda)

• Shota Kofie (defensor, promovido das categorias de base)

• Shion Inoue (meio-campista, Yokohama FC)

• Taishi Semba (meio-campista, Thespakusatsu Gunma. Retorno do empréstimo)

• Satoshi Tanaka (meio-campista, Shonan Bellmare)

• Daiki Suga (meio-campista, Hokkaido Consadole Sapporo)

• Sota Nakamura (meio-campista, Universidade Meiji)

• Aren Inoue (atacante, promovido das categorias de base)

• Ryo Germain (atacante, Júbilo Iwata)

SAÍDAS:

• Takaaki Shichi (defensor, Avispa Fukuoka)

• Taishi Matsumoto (meio-campista, Urawa Reds)

• Yoshifumi Kashiwa (meio-campista, Ventforet Kofu)

• Kohei Hosoya (meio-campista, Ehime FC)

• Toshihiro Aoyama (meio-campista, aposentadoria)

• Douglas Vieira (atacante, sem clube)

• Ezequiel (atacante, sem clube)

• Gonzalo Paciência (atacante, Sport Recife/BRA)

📊 Última campanha: 1° lugar e campeão da J2 (26V/04D/08D) | 82 pontos

📋 Técnico: Tadahiro Akiba

📈 Melhor temporada: 3° lugar (1993 e 1998) 

🏟 Estádio: IAI Stadium Nihondaira

Após dois anos ausente da divisão principal, o Shimizu S-Pulse celebrou seu retorno com grande estilo, conquistando o título da J2 e garantindo uma volta triunfante à elite do futebol japonês.

Com um desempenho consistente, sempre figurando entre os primeiros colocados ao longo da temporada, a equipe chega em 2025 com o objetivo de se manter na J1. Nesse cenário, o veterano Takashi Inui segue em grande forma. Aos 36 anos, o ex-jogador da seleção japonesa desempenhou papel crucial na conquista do título nacional no ano passado, somando 5 gols e 8 assistências.

No terceiro ano sob o comando de Tadahiro Akiba, o time continua a priorizar a posse de bola, mas agora apresenta uma evolução significativa. O Shimizu tem mostrado um jogo mais versátil, incorporando transições rápidas, aproveitando os espaços e implementando jogadas ensaiadas. Um dos grandes responsáveis por essa evolução é o lateral-esquerdo Reon Yamahara, que se destacou com seus cruzamentos precisos e sua habilidade para driblar e conduzir a bola no campo ofensivo. Ao final da temporada, Yamahara contribuiu diretamente para 10 gols, sendo 3 deles marcados e 7 assistências.

Motoki Nishihara, meio-campista promissor, surgiu como uma grata surpresa. Ele soube aproveitar as oportunidades que lhe foram dadas e, como resultado, recebeu a chance de integrar a seleção japonesa Sub-18.

O sistema defensivo do Shimizu S-Pulse também merece destaque. Embora o ataque tenha se sobressaído com seu poderio ofensivo, os defensores desempenharam um papel fundamental. Jogadores como o norte-americano Jelani Reshaun Sumiyoshi e Sodai Hasukawa justificaram o investimento feito na defesa. Trata-se de uma linha defensiva sólida, que vem evoluindo a cada partida, o que me deixa não apenas impressionado, mas também ansioso para vê-los em ação na J1.

O artilheiro do Shimizu S-Pulse, Koya Kitagawa, segue para 2025 após uma temporada em que anotou 12 gols na J2. Enquanto ele se destacou como goleador, seus companheiros contribuíram com números mais equilibrados, sem que algum outro jogador se sobressaísse de maneira marcante.

Dentre as recentes aquisições do time, destacam-se o atacante Capixaba, que chegou do Cerezo Osaka, e o búlgaro Ahmed Ahmedov, que também reforçará o setor ofensivo. Ahmedov, inclusive, é a contratação mais esperada para a temporada para os torcedores. Em sua última temporada no Spartak Varna, ele teve uma performance impressionante, marcando 16 gols em 19 jogos, e se consagrando artilheiro da liga nacional. Para se ter uma ideia do impacto de sua contribuição, seu time anotou 25 gols na competição — ou seja, ele foi responsável por mais de 60% do total.

Outras contratações mais discretas incluem o meio-campista Masaki Yumiba, ex-Oita Trinita. Embora tenha mostrado bom futebol no início da J2, sua performance caiu no último ano. Já o volante brasileiro Matheus Bueno, que estava no Guarani (BRA), optou por deixar o Brasil mesmo após receber uma proposta do Cuiabá. Ele já tem experiência internacional, tendo jogado pelo Gil Vicente (POR) em 2022.

Tadahiro Akiba tem se revelado um treinador bastante interessante, para não dizer versátil, que não se limita a um único modelo de jogo. Agora, ele se prepara para sua estreia na J1, o campeonato de mais alto nível do futebol japonês. Será curioso observar sua adaptação a essa nova realidade. Pessoalmente, acredito que uma campanha estável, longe da ameaça do rebaixamento, já seria um grande feito para os torcedores, que certamente desejam evitar um novo retorno à segunda divisão, tampouco lutar contra a zona de rebaixamento.

CHEGADAS:

• Tomotaro Sasaki (goleiro, Colégio Shohei)

• Kento Haneda (defensor, Oita Trinita)

• Matheus Bueno (meio-campista, Guarani/BRA)

• Hikaru Nakahara (meio-campista, Sagan Tosu, empréstimo)

• Kazuki Kozuka (meio-campista, Seoul E-Land/COR)

• Masaki Yumiba (meio-campista, Oita Trinita)

• Sean Kotake (meio-campista, promovido das categorias de base)

• Yudai Shimamoto (meio-campista, Colégio Kumamoto Ozu)

• Ahmed Ahmedov (atacante, Spartak Varna/BUL)

• Sena Saito (atacante, Thespakusatsu Gunma. Retorno do empréstimo)

• Capixaba (atacante, Cerezo Osaka)

SAÍDAS:

• Kengo Nagai (goleiro, Tokushima Vortis)

• Shuichi Gonda (goleiro, sem clube)

• Taketo Ochiai (defensor, Aries Tokyo FC, empréstimo)

• Teruki Hara (defensor, Nagoya Grampus)

• Shuta Kikuchi (defensor, FC Ryūkyū, empréstimo)

• Nagi Kawatani (meio-campista, Nara Club, empréstimo)

• Kenta Nishizawa (meio-campista, Sagan Tosu)

• Hikaru Naruoka (meio-campista, Renofa Yamaguchi)

• Ryotaro Nakamura (meio-campista, Kashima Antlers. Fim do empréstimo)

• Aoi Ando (atacante, Okinawa SV, empréstimo)

• Lucas Braga (atacante, Santos/BRA. Fim do empréstimo)

• Takumi Kato (atacante, SC Sagamihara, empréstimo)

• Kanta Chiba (atacante, Fujieda MYFC, empréstimo)

• Yosuke Morishige (atacante, Cianorte/BRA)

📊 Última campanha: 15° lugar (12V/09E/17D | 45 pontos)

📋 Técnico: Satoshi Yamaguchi

📈 Melhor temporada: 1994 (5° lugar)

🏟 Estádio: Lemon Gas Stadium Hiratsuka

O tempo passa, e o Shonan Bellmare continua firme na J1 League. Apesar das inúmeras adversidades enfrentadas por um clube de estrutura modesta, a equipe tem se superado temporada após temporada. Pela 8ª vez consecutiva, desafiaram os prognósticos pessimistas da pré-temporada e garantiram sua permanência na elite do futebol japonês.

Na tentativa de inovar, o Bellmare adotou o 4-4-2 em certos momentos, mas os resultados ficaram aquém do esperado. Para 2025, a tendência é a manutenção geral ao consolidado 3-5-2, esquema que caracteriza seu jogo. Apesar de praticar uma pressão alta de qualidade, o time frequentemente encontra problemas quando adversários conseguem escapar dessa marcação, expondo sua linha defensiva. Outro aspecto preocupante continua sendo a vulnerabilidade em bolas paradas aéreas, uma fraqueza que persiste.

A negociação de Daiki Sugioka com o Machida Zelvia, durante a temporada, acabou sendo um fator prejudicial para o Bellmare. Por outro lado, a saída abriu espaço para o jovem Junnosuke Suzuki, que foi forçado a assumir um papel maior e entregou um desempenho satisfatório. Com técnica apurada, boa condução de bola e capacidade para executar lançamentos longos, Suzuki promete ganhar mais oportunidades na próxima temporada. Já Taiga Hata se destacou pela versatilidade, atuando tanto no centro como pelas alas, e teve impacto direto com 4 gols e 5 assistências.

Um golpe significativo para o Bellmare será a saída de Satoshi Tanaka. Após um período de empréstimo ao KV Kortrijk, da Bélgica, o meio-campista retornou em 2024 e rapidamente se firmou como um dos melhores jogadores do time e, na minha opinião, como um dos destaques da posição em toda a liga. Agora, Tanaka vestirá o roxo do Sanfrecce Hiroshima, deixando uma lacuna que será difícil de preencher.

Entre os destaques do Bellmare, merece menção o ala Yuto Suzuki, que se destacou pela consistência ao longo da temporada. O sistema ofensivo, de maneira geral, surpreendeu em diversos momentos. Akito Suzuki, por exemplo, foi responsável por 10 gols, frequentemente contando com o suporte de Sho Fukuda, que igualou sua marca, mas somou ainda 4 assistências. Para alguém estava acostumado à J3, Fukuda demonstrou grande adaptação à J1. O artilheiro do time, porém, foi o brasileiro Lukian, que superou seus companheiros ao marcar 11 gols na temporada.

Satoshi Yamaguchi comanda o Shonan Bellmare há quatro temporadas, e mesmo com o time frequentemente terminando na segunda metade da tabela, ele conta com o respaldo da diretoria e da torcida. Sempre visto como candidato ao rebaixamento, o Bellmare, sob sua liderança, tem conseguido se manter na elite do futebol japonês, e a campanha relativamente tranquila de 2024 reforçou ainda mais a confiança em seu trabalho. No entanto, para 2025, o treinador precisará enfrentar os desafios habituais do clube: a constante perda de talentos. Seja com jovens promessas ou jogadores que despontam, a história se repete, com os atletas deixando o Bellmare antes de atingirem seu auge, sendo contratados por equipes maiores da J-League. E este ano, a situação não será diferente.

CHEGADAS:

• Tatsunari Nagai (goleiro, FC Osaka)

• Daiki Tomii (goleiro, Mito Hollyhock. Retorno do empréstimo)

• Kotaro Honda (defensor, promovido das categorias de base)

• Kanaru Matsumoto (defensor, Colégio RKU Kashiwa)

• Soki Tamura (meio-campista, Universidade Tsukuba)

• Tomoya Fujii (meio-campista, Kashima Antlers)

• Zé Ricardo (meio-campista, Kawasaki Frontale, empréstimo)

• Sena Ishibashi (meio-campista, Colégio Kobe Koryo Gakuen)

SAÍDAS:

• Daiki Tomii (goleiro, aposentadoria)

• Hiroki Mawatari (goleiro, Tokyo Verdy)

• Bum-keun Song (goleiro, Jeonbuk Hyundai Motors/COR)

• Takuya Okamoto (defensor, Perth Glory/AUS)

• Daiki Sugioka (defensor, Kashiwa Reysol)

• Arata Yoshida (defensor, Kataller Toyama, empréstimo)

• Hiroyuki Abe (meio-campista, sem clube)

• Naoki Yamada (meio-campista, FC Gifu)

• Satoshi Tanaka (meio-campista, Sanfrecce Hiroshima)

📊 Última campanha: 6° lugar (14V/14E/10D | 56 pontos)

📋 Técnico: Hiroshi Jofuku

📈 Melhor temporada: 1993 e 1994 (Campeão)

🏟 Estádio: Ajinomoto Stadium

Após permanecer por mais de uma década na segunda divisão, o Tokyo Verdy celebrou um retorno triunfante à elite do futebol japonês na última temporada, surpreendendo a todos e se destacando como uma das grandes revelações do campeonato.

Hiroshi Jofuku tem demonstrado grande sensibilidade à frente da equipe. A transição do esquema 4-4-2, utilizado na J2, para uma formação com três defensores foi crucial para o desempenho do time, que, a partir daí, começou a mostrar um futebol muito mais eficiente. Eles superaram todas as expectativas e quem apostou no rebaixamento se viu redondamente enganado. O Verdy é uma equipe que não facilita para os adversários, sempre competindo de forma aguerrida, mesmo contra os times mais poderosos. Em todos os jogos, o Verdy consegue competir com intensidade e equilibrar a disputa.

O capitão Koki Morita cresceu significativamente na última temporada e continuará sendo o pilar do meio-campo, com excelente posicionamento e uma distribuição de jogo que faz toda a diferença. O atacante Hiroto Yamami, que foi titular em apenas 14 ocasiões, participou de 34 jogos e mostrou sua importância com 7 gols e 6 assistências, números subestimados para quem teve poucas chances como titular. Já Itsuki Someno, que não enche os olhos tecnicamente, se mostra jogador valioso e de confiança para o treinador, graças ao seu esforço e competitividade.

Apesar dos elogios, é importante destacar que o verdadeiro brilho do Tokyo Verdy não está em seu jogo ofensivo. Da defesa ao meio-campo, o time até funciona de forma razoável, mas as coisas geralmente param por aí. Eles costumam perder a segurança e, muitas vezes, a equipe não sabe como reagir desde então. O individualismo, por sua vez, não é suficiente para suprir essa lacuna, já que os jogadores, em sua maioria, não se destacam tecnicamente com a bola nos pés, tornando o time previsível e sem ritmo.

Por outro lado, para aqueles que já conhecem o estilo de trabalho do técnico Jofuku, nada disso é novidade. A equipe se destaca mesmo é no contra-ataque, aproveitando seu estilo de jogo reativo. O grande ponto forte é a defesa, que, independentemente de ser com 3 ou até 5 zagueiros, sempre se mantém sólida. Hiroto Taniguchi se sobressai pela qualidade técnica com a bola nos pés, enquanto Hijiri Onaga imprime velocidade pelo lado esquerdo. Yuto Tsunashima, por sua vez, evoluiu consideravelmente quando o time adotou a linha de 3 defensores, se ajustando bem ao novo esquema. O Verdy exibe uma defesa muito bem entrosada, que, mesmo em momentos de pressão, consegue se reestruturar e recuperar o equilíbrio.

O clube enfrentará desafios nesta temporada, especialmente considerando que grande parte de seus jogadores são emprestados de outros times, muitos deles atacantes que entregaram bons números. No entanto, o trabalho de Hiroshi Jofuku foi tão bem-sucedido que os torcedores podem seguir confiantes em sua liderança. Ele conseguiu transformar uma equipe que, para a maioria, era vista como um forte candidato ao rebaixamento, em um time competitivo que terminou na parte superior da tabela, com uma campanha impressionante.

É verdade que talvez esse tenha sido o pico da equipe, mas se continuarem com o espírito combativo da temporada passada, é bem provável que o Verdy se mantenha em nossos guias por mais tempo.

CHEGADAS:

• Hiroki Mawatari (goleiro, Shonan Bellmare)

• Kaito Suzuki (defensor, Júbilo Iwata)

• Maaya Sako (defensor, Iwate Grulla Morioka. Retorno do empréstimo)

• Yosuke Uchida (defensor, Universidade Meiji)

• Sota Nagai (meio-campista, Kagoshima United. Retorno do empréstimo)

• Rei Hirakawa (meio-campista, Júbilo Iwata)

• Yuya Fukuda (meio-campista, Gamba Osaka)

• Yuta Arai (meio-campista, Universidade Toyo)

• Issei Kumatoriya (atacante, Universidade Meiji)

• Gakuto Kawamura (atacante, promovido das categorias de base)

SAÍDAS:

• Hisaya Sato (goleiro, FC Ryūkyū)

• Masahiro Iida (goleiro, Kamatamare Sanuki)

• Kohei Yamakoshi (defensor, Tokushima Vortis)

• Yu Miyamoto (defensor, Verspah Oita)

• Yuta Matsumura (meio-campista, Kashima Antlers. Fim do empréstimo)

• Tomoya Miki (meio-campista, Avispa Fukuoka)

• Fuki Yamada (atacante, Kyoto Sanga. Fim do empréstimo)

• Manato Furukawa (atacante, Kataller Toyama, empréstimo)

• Keito Kawamura (atacante, Kagoshima United)

📊 Última campanha: 13° lugar (12V/12E/14D | 48 pontos) 

📋 Técnico: Maciej Skorża

📈 Melhor temporada: 2006 (Campeão) 

🏟 Estádio: Saitama Stadium

O Urawa Reds teve motivos para se envergonhar na última temporada, quando não só marcaram presença em nosso hall de decepções, como também apresentaram a pior campanha desde 2019, quando terminaram em 14º. Com um desempenho apenas um pouco superior, o time não conseguiu dar a volta por cima.

Já faz um bom tempo desde que o Urawa Reds começou a trocar de treinadores constantemente, e o polonês Maciej Skorża voltou após sua experiência em 2023. A questão central, para a diretoria (caso ainda não tenha percebido, com uma pitada de ironia), é que a base do time – com jogadores como Hiroki Sakai, Alexander Scholz e José Kanté – já não estava mais presente, obrigando o trabalho a começar praticamente do zero.

O Urawa Reds chega a 2025 com moral baixa, após uma campanha medíocre que deixou muito a desejar. Skorża, que assumiu o comando em setembro, não conseguiu fazer o time reagir. Em 11 jogos, seu aproveitamento foi de apenas 27,27%. A tentativa de aplicar uma filosofia similar à de seu trabalho anterior não teve sucesso, principalmente por conta da falta de tempo e da dificuldade dos jogadores em se adaptar. O elenco, embora equilibrado e com bom investimento, sofreu com uma transição defesa-ataque extremamente lenta. Além disso, poucas soluções foram vistas saindo do banco de reservas.

Eu também tive a sensação de que o time tinha mais atacantes do que outros jogadores necessários para o equilíbrio da equipe.

Samuel Gustafson, meio-campista sueco, terá que fazer mais do que mostrou no ano passado. O começo de temporada foi promissor, com desempenho superior ao dos outros, mas, à medida que o time perdeu jogadores e ele ficou sem companheiros de peso, começou a se expor mais, até sofrer uma lesão. Ao retornar, não conseguiu encontrar sua melhor forma novamente. Genki Haraguchi foi contratado apressadamente para ocupar seu lugar, enquanto Kaito Yasui também passou a acumular mais responsabilidades.

Os laterais Hirokazu Ishihara, pela direita, e Ayumu Ohata, pela esquerda, foram consistentes e se tornarão peças fundamentais neste ano. Se fosse preciso destacar alguém para representar o time de Saitama em 2025, seria Ryoma Watanabe. O meio-campista teve um ano de grande entrega, destacando-se até mesmo quando foi improvisado na ala esquerda em algumas partidas. Quando voltou à sua posição original, continuou a brilhar, oferecendo muita criatividade ao time. E o goleiro veterano Shusaku Nishikawa segue mostrando segurança e experiência sob as traves.

Se na temporada passada o Urawa Reds carregava grandes expectativas, ao longo do ano elas foram se desfazendo. Para 2025, será necessário um grande esforço para dar a volta por cima. Skorża não conseguiu implementar mudanças drásticas, o que é compreensível, considerando que assumiu o cargo nos momentos finais da temporada. Seu trabalho, no fim das contas, foi o de ‘trocar os pneus com o carro andando’, o que torna qualquer modificação mais difícil de ser realizada com sucesso. Além disso, as lesões que afetaram o elenco prejudicaram ainda mais sua capacidade de gerar resultados rápidos.

Para quem tem curiosidade, o time de Skorża tem um estilo de ataque muito mais direto do que o de seu antecessor, o norueguês Per-Mathias Høgmo (ignorando, é claro, o trabalho interino de Nobuyasu Ikeda nesse meio tempo). Seus meio-campistas e atacantes tendem a não se aproximar tanto da grande área adversária, mas preferem se movimentar de forma mais centralizada, o que facilita a criação de jogadas rápidas e triangulações para surpreender a defesa rival. Grande parte disso passava por Gustafson, mas ele não conseguiu manter a regularidade.

A grande novidade para esta temporada é a contratação do brasileiro Matheus Sávio, que estava no Kashiwa Reysol e se destacou como um dos melhores meio-campistas da última temporada. Ele chega em grande fase, e, sinceramente, adoraria vê-lo atuando ao lado de Shoya Nakajima.

Entre os reforços mais discretos, mas que devem dar um bom suporte ao time, estão Taishi Matsumoto, meio-campista ex-Sanfrecce Hiroshima, que segue em evolução, e o volante Jumpei Hayakawa, que volta de empréstimo do Fagiano Okayama e pode atuar tanto como meia quanto como ala. Outro nome que retorna é o ponta Takuro Kaneko, que teve uma boa passagem pelo Dínamo Zagreb (CRO) e estava no KV Kortrijk, da Bélgica. Kaneko é um excelente driblador, e sua capacidade técnica certamente será um trunfo para o time.

Motoki Nagakura e Toshiki Takahashi também chegam para reforçar o ataque, ambos vindos de Albirex Niigata e Yokohama FC, respectivamente. Contudo, acredito que suas chegadas não serão tão comentadas ou esperadas pela torcida.

Os problemas no ataque, portanto, devem seguir presentes, já que o time ainda carece de um jogador que realmente ‘garanta gols’. Bryan Linssen nunca foi capaz de assumir esse papel de forma efetiva e já está em negociação para deixar o clube. O brasileiro Thiago Santana ainda pode oferecer alguma solução, mas não sei se ele será o nome certo para liderar a linha ofensiva.

O Urawa Reds disputará o Super-Mundial de Clubes neste ano. Precisamos ser realistas e entender que, enfrentando os gigantes do futebol global, é improvável que o clube consiga um desempenho realmente expressivo. Porém, há um aspecto positivo (além da visibilidade, claro): a participação nessa competição pode motivar os Reds a iniciarem a temporada com mais intensidade e foco do que nos últimos anos, além de acelerar movimentos no mercado de transferências. Isso permitiria que a equipe se preparasse melhor para um desempenho forte na J-League e, talvez, até para uma disputa pelo título, enquanto torcemos para que Skorża consiga implementar suas ideias de forma eficaz.

CHEGADAS:

• Takuya Ogiwara (defensor, GNK Dinamo Zagreb/CRO, empréstimo)

• Kenta Nemoto (defensor, Universidade Ryutsu Keizai)

• Kai Shibato (meio-campista, Machida Zelvia. Retorno do empréstimo)

• Taishi Matsumoto (meio-campista, Sanfrecce Hiroshima)

• Jumpei Hayakawa (meio-campista, Fagiano Okayama. Retorno do empréstimo)

• Matheus Sávio (meio-campista, Kashiwa Reysol)

• Takuro Kaneko (atacante, KV Kortrijk/BÉL)

• Motoki Nagakura (atacante, Albirex Niigata)

• Toshiki Takahashi (atacante, Yokohama FC. Retorno do empréstimo)

SAÍDAS:

• Yota Sato (defensor, Nagoya Grampus)

• Yota Horiuchi (meio-campista, Tochigi SC, empréstimo)

• Yoshio Koizumi (meio-campista, Kashiwa Reysol)

• Hidetoshi Takeda (meio-campista, Vegalta Sendai)

• Tomoya Ugajin (meio-campista, aposentadoria)

• Shinzo Koroki (atacante, aposentadoria)

• Rei Kihara (atacante, Reilac Shiga FC, empréstimo)

📊 Última campanha: 1° lugar (21V/09E/08D | 72 pontos)

📋 Técnico: Takayuki Yoshida

📈 Melhor temporada: 2023 e 2024 (Campeão)

🏟 Estádio: Noevir Stadium Kobe

Sim, confesso: fui generoso nos elogios ao Sanfrecce Hiroshima, e admito que seus deslizes na reta final me fizeram acreditar que o título poderia ter sido violeta. Porém, a taça não perdoa falhas, e ela encontrou seu destino – mais uma vez – nas mãos do Vissel Kobe. Um campeão que não apenas venceu, mas fez por merecer cada aplauso.

Os aportes financeiros da Rakuten começaram a mostrar resultados concretos.  Campeão da J-League em 2023 e 2024, o Vissel Kobe também ergueu a Copa do Imperador no ano passado, deixando claro que não pretende parar por aí – embora ainda reste a expectativa de uma grande campanha na Liga dos Campeões da Ásia – um tópico que, por ora, ficará para outro momento.

O Vissel Kobe iniciará 2025 como o time a ser batido, com plenas condições de manter seu domínio. Com Takayuki Yoshida no comando, o time encontrou sua fórmula vencedora, consolidando-se como uma das equipes mais consistentes e perigosas do Japão – apesar de não ser brilhante. Julgo como o melhor elenco do país, ou ao menos, o melhor onze-inicial; em campo, combinam velocidade e eficácia, seja explorando bolas longas, seja pressionando em alto nível para aproveitar espaços. O jogo aéreo, em particular, é uma de suas maiores armas: 40% dos gols na última J-League vieram dessa característica marcante.

Os holofotes, mais do que merecidos, estão em Yuya Osako e Yoshinori Muto. Os dois astros veteranos “mandaram e desmandaram” nos gramados japoneses. Osako marcou 10 gols, deu 8 assistências e foi essencial ao atuar como pivô, criando jogadas e segurando a defesa adversária para que Muto, com 13 gols e 7 assistências, “fizesse o crime” e destruísse a concorrência. Não é à toa que Muto foi coroado o melhor jogador da última J-League. Com vasta experiência no futebol europeu e com a camisa dos Samurais Azuis, essa dupla é o sonho de qualquer clube – e promete seguir implacável, colecionando vítimas em 2025.

Além de sua dupla de estrelas, o Kobe possui jogadores que agregam valor significativo ao elenco. Daiju Sasaki, por exemplo, mesmo sem atingir o protagonismo de Osako e Muto, cumpriu um papel importante, sendo um “reserva de ouro”, tendo registrado 5 gols e 5 assistências quando necessário. Já Taisei Miyashiro, com a camisa 9, mostrou que é um nome confiável no ataque, tendo balançado as redes 11 vezes na última temporada – um desempenho que reforça a profundidade do plantel do Kobe.

Takahiro Ogihara segue em grande fase, consolidando sua importância no meio de campo com atuações seguras e consistentes. Já Yosuke Ideguchi complementa o setor com seu estilo combativo, garantindo competitividade em alto nível e equilíbrio à equipe.

A defesa do Vissel Kobe manteve um alto nível de desempenho na última temporada. Em termos numéricos, foi a terceira menos vazada da liga, sofrendo apenas 36 gols. Além disso, destacou-se por ser uma das equipes que menos permitiu chances e finalizações aos adversários. A dupla Tetsushi Yamakawa e Matheus Thuler mostrou muita solidez, com o brasileiro figurando no meu time ideal da temporada, assim como o lateral-esquerdo Ryo Hatsuse. Pelo lado direito, Gotoku Sakai talvez não tenha sido tão brilhante, mas trouxe segurança ao setor. Já o goleiro Daiya Maekawa, embora não esteja entre os melhores da liga, teve um bom ano, transmitindo confiança aos torcedores para 2025.

O mercado de transferências do clube segue equilibrado, na minha opinião. Embora a perda do zagueiro Ryuho Kikuchi, que foi para o Machida Zelvia, seja um ponto negativo, acredito que o impacto não será tão grande. Kikuchi teve bons momentos com o Kobe, mas foi pouco utilizado na última temporada. O brasileiro Caetano, que chega do Corinthians (BRA), após não renovar seu contrato, deve preencher essa vaga com facilidade. Além dele, o clube também trouxe Ryuta Koike, ex-Yokohama F. Marinos. Embora tenha atuado como meio-campista devido a lesões em seu time no ano passado, Koike se encaixará bem em Kobe, caso precise. Haruka Motoyama, do Fagiano Okayama, recém-promovido da J2, também chega para reforçar o elenco.

O Vissel Kobe está, inegavelmente, trilhando um caminho rumo à consolidação como um dos grandes clubes do Japão, justificando o elevado investimento realizado pela Rakuten. Embora a conquista de um título internacional ainda seja um desafio considerável, a equipe tem conquistado prestígio no cenário doméstico. Com a “queda” de concorrentes tradicionais, como o Kawasaki Frontale e o Yokohama F. Marinos, surge uma oportunidade única para que o Kobe escreva uma nova e marcante página em sua história.

É claro que eles ainda enfrentarão concorrência, mas não há dúvidas de que é o grande favorito para conquistar o (tri) campeonato.

CHEGADAS:

• Richard Monday Ubong (goleiro, Universidade Fukuchiyama)

• Caetano (defensor, Corinthians/BRA)

• Yuta Koike (defensor, Yokohama F. Marinos)

• Haruka Motoyama (defensor, Fagiano Okayama)

• Kaito Yamada (defensor, promovido das categorias de base)

• Rikuto Hashimoto (meio-campista, Tokyo Verdy)

• Kento Hamasaki (meio-campista, promovido das categorias de base)

SAÍDAS:

• Shioki Takayama (goleiro, FC Ryūkyū, empréstimo)

• Yuya Tsuboi (goleiro, RB Omiya Ardija, empréstimo)

• Justin Homma (defensor, Matsumoto Yamaga, empréstimo)

• Yusei Ozaki (defensor, Blaublitz Akita, empréstimo)

• Ryuho Kikuchi (defensor, Machida Zelvia)

• Kaito Yamada (defensor, Tacoma Defiance/EUA, empréstimo)

• Shogo Terasaka (defensor, FC Gifu, empréstimo)

• Shuto Adachi (meio-campista, Thespakusatsu Gunma, empréstimo)

• Juzo Ura (meio-campista, Kataller Toyama, empréstimo)

• Hotaru Yamaguchi (meio-campista, V-Varen Nagasaki)

• Tatsunori Sakurai (meio-campista, Sagan Tosu, empréstimo)

• Yuya Nakasaka (meio-campista, sem clube)

📊 Última campanha: 9° lugar (15V/07E/16D | 52 pontos)

📋 Técnico: Steve Holland 

📈 Melhor temporada: 1995, 2003, 2004, 2019 e 2021 (Campeão)

🏟 Estádio: Nissan Stadium

O Yokohama F. Marinos também foi uma das equipes que mais decepcionaram na última temporada. Depois de figurar entre as equipes mais respeitadas da liga, o time não conseguiu manter o nível de desempenho e caiu para uma posição intermediária na tabela. Com uma sequência de falhas e escolhas erradas, eles terminaram 2024 já cientes de que precisarão se reinventarem para reconquistar a confiança dos torcedores e retomar seu lugar de destaque.

O trabalho do técnico australiano Harry Kewell foi um fracasso em todos os aspectos, tanto dentro de campo quanto à beira das quatro linhas. Além de não conseguir resultados, ele tinha uma relação conturbada com as arbitragens japonesas, algo que, sem dúvida, fará os juízes locais respirarem aliviados com sua saída. A diretoria demorou para tomar uma atitude, mas, quando finalmente o dispensou, passou o comando para o interino maltês John Hutchinson, que, convenhamos, também não conseguiu grandes feitos à frente da equipe.

O Marinos tem muitos ajustes a fazer para a nova temporada. A posse de bola, antes uma das suas grandes forças, não é mais a mesma. Hutchinson tentou reforçar a defesa, mas a transição defensiva ainda é um dos pontos mais vulneráveis da equipe, com diversas brechas que os adversários souberam explorar. A última temporada foi especialmente difícil, com o Tricolore sofrendo 62 gols, número que só não foi pior do que o dos três times rebaixados à J2.  

O zagueiro australiano Thomas Deng, que estava no Albirex Niigata, também foi contratado. Embora clubes australianos tenham cogitado sua volta, ele optou por permanecer no Japão, mudando apenas de time. Também se junta ao elenco o colombiano Jeison Quiñónes, que vem do Águilas Doradas (COL) e acertou contrato por duas temporadas.

O Marinos não correu risco de rebaixamento graças ao seu poder ofensivo imbatível. O trio de brasileiros teve um papel fundamental: Anderson Lopes foi o artilheiro da J-League, com impressionantes 24 gols, e mesmo desejado pelo Botafogo (BRA), ele permanecerá para 2025. Élber, embora não tenha mostrado seu melhor futebol, ainda entregou bons passes e dribles. Yan Matheus foi uma surpresa positiva, jogando muito mais do que eu esperava e se tornando um dos melhores pontas do campeonato. O Marinos marcou 61 gols, o mesmo número do campeão Vissel Kobe. No entanto, acho preocupante que a equipe dependa tanto de seus três atacantes para alcançar resultados.

O meio de campo do Marinos também está distante do ideal. Durante a ausência do capitão Takuya Kida, Kota Watanabe teve que formar parcerias com diversos jogadores, mas nenhuma delas parecia funcionar de maneira eficiente. Por outro lado, Jun Amano segue sendo um jogador valioso, sempre uma peça agradável de se ter no elenco, contribuindo de diversas formas para o time.

O Yokohama F. Marinos precisará urgentemente revisar seu sistema defensivo se quiser voltar a ser competitivo. Nenhum dos defensores, incluindo os goleiros — sim, no plural, já que nenhum deles passou no meu critério de avaliação — conseguiu se destacar positivamente. E parece que o scout concorda comigo, já que o clube contratou Park Il-gyu, do Sagan Tosu, para a posição de arqueiro.  

A equipe contará com um novo técnico à beira do campo, e ele pode ser a chave para iniciar as mudanças necessárias. Embora o inglês Steve Holland tenha pouca experiência como treinador principal, sua vasta vivência como assistente no Chelsea (ING), trabalhando ao lado de treinadores como André Villas-Boas, Roberto Di Matteo e José Mourinho, é algo a ser observado. Mais recentemente, foi assistente técnico na seleção inglesa, tanto na Sub-21 quanto no time principal com Gareth Southgate.

CHEGADAS:

• Park Il-gyu (goleiro, Sagan Tosu)

• Ryoya Kimura (goleiro, Universidade Nihon)

• Jeison Quiñónes (defensor, Águilas Doradas/COL)

• Reno Noguchi (defensor, promovido das categorias de base)

• Thomas Deng (defensor, (defensor, Albirex Niigata)

• Takuto Kimura (meio-campista, Ventforet Kofu. Retorno do empréstimo)

• Toichi Suzuki (meio-campista, Kyoto Sanga)

• Eitaro Matsuda (atacante, Albirex Niigata. Retorno do empréstimo)

• Daiya Tono (atacante, Kawasaki Frontale)

• Hiroto Asada (atacante, promovido das categorias de base)

• Kohei Mochizuki (atacante, promovido das categorias de base)

SAÍDAS:

• Fuma Shirasaka (goleiro, Ehime FC)

• Riku Terakado (goleiro, Montedio Yamagata)

• Hijiri Kato (defensor, Fagiano Okayama)

• Shinnosuke Hatanaka (defensor, Cerezo Osaka)

• Ryuta Koike (defensor, Kashima Antlers)

• Takumi Kamijima (defensor, Avispa Fukuoka)

• Yusuke Nishida (defensor, sem clube)

• Yuta Koike (defensor, Vissel Kobe)

• Eduardo (defensor, V-Varen Nagasaki)

• Justin Homma (defensor, Vissel Kobe. Fim do empréstimo)

• Keigo Sakakibara (meio-campista, Oita Trinita)

• Keita Ueda (meio-campista, Kataller Toyama)

• Kota Mizunuma (meio-campista, Newcastle United Jets/AUS)

• Takuma Nishimura (atacante, Machida Zelvia)

• Yuhi Murakami (atacante, Ehime FC, empréstimo)

📊 Última campanha: 2° lugar e vice-campeão da J2 (22V/10E/06D | 76 pontos)

📋 Técnico: Shuhei Yomoda

📈 Melhor temporada: 2020 (15° lugar) 

🏟 Estádio: Mitsuzawa Stadium

O Yokohama FC pode não contar com os nomes mais badalados ou o futebol mais vistoso da J-League, mas o time tem se mostrado resiliente. Embora ainda enfrente desafios, seu retorno à elite japonesa é um reflexo da força de um sistema defensivo que teve um desempenho impressionante na temporada passada, mantendo a equipe competitiva durante toda a J2.

A defesa sólida foi o que realmente destacou o “Fulie” e fez com que ele figurasse em nosso guia. Yuri Lara, o habilidoso meio-campista brasileiro, tem se mostrado uma excelente contratação e jogando em um nível acima do que a J2 exige (recordando que ele teve passagens pela J1 recentemente). Boniface Nduka continua sendo a principal referência defensiva, e, apesar de não ser um goleiro que se destaque por grandes feitos, Akinori Ichikawa tem mostrado ser confiável o suficiente para garantir a titularidade no gol.

Na linha de três da defesa, Akito Fukumori se mantém como uma presença importante. Depois de anos consistentes na primeira divisão, não me surpreendeu vê-lo manter um nível de excelência jogando em uma divisão inferior. O ala esquerdo, ex-Consadole Sapporo, foi responsável por incríveis 14 assistências na temporada. No entanto, vale destacar que seu estilo ofensivo pode não ser o mais adequado para a J1, especialmente em um time com menos qualidade em comparação ao seu time anterior – e ele também está envelhecendo. É provável que tenha dificuldades em duelos individuais.

Com 36 anos, o veterano Sho Ito segue sendo o principal atacante da equipe, contando com o apoio de jogadores como Keiji Ogawa; Toshiki Takahashi deve contribuir mais com sua dedicação e esforço do que com técnica refinada, enquanto Solomon Sakuragawa aparece como uma peça de elenco, sem grandes expectativas de destaque.

Eles perderam o brasileiro Caprini para o Red Bull Omiya Ardija, e Toshiki Takahashi retornou para o Urawa Reds após o fim de seu empréstimo.

Por outro lado, o clube trouxe o meio-campista Yoshiaki Komai e o atacante nipo-jamaicano Musashi Suzuki, ambos ex-Consadole Sapporo. Cada um anotou 6 gols na última liga, e é bem provável que ambos integrem o time titular em Yokohama.

Não há grandes dúvidas de que o Yokohama FC é uma das equipes mais fracas do campeonato, se não a mais fraca. Tudo indica que o time ficará na parte inferior da tabela durante toda a temporada, lutando contra o rebaixamento. Com dificuldades para competir em igualdade de condições, o clube se encaixa no perfil de uma equipe iô-iô. No entanto, se houver um planejamento mais sério para a pré-temporada e um comprometimento superior ao de 2023, quem sabe o clube consiga lutar pela sobrevivência na divisão.

CHEGADAS:

• Tsubasa Shibuya (goleiro, Ventforet Kofu)

• Koki Kumakura (defensor, Universidade Nihon)

• Kaili Shimbo (defensor, Renofa Yamaguchi)

• Junya Suzuki (defensor, Machida Zelvia)

• Kosuke Yamazaki (defensor, Sagan Tosu)

• Makito Ito (defensor, Júbilo Iwata)

• Jui Hata (defensor, promovido das categorias de base)

• Shawn Tyler Nozawa Van Eerden (defensor, YSCC Yokohama. Retorno do empréstimo)

• Yoshiaki Komai (meio-campista, Hokkaido Consadole Sapporo)

• Takanari Endo (meio-campista, Universidade Toin de Yokohama)

• Musashi Suzuki (atacante, Hokkaido Consadole Sapporo)

• Kantaro Maeda (atacante, promovido das categorias de base)

• Naoya Komazawa (atacante, Universidade Waseda)

SAÍDAS:

• Yuji Rokutan (goleiro, Fujieda MYFC)

• Takumi Nakamura (defensor, Cerezo Osaka)

• Eijiro Takeda (defensor, aposentadoria)

• Kengo Hayashi (defensor, FC Tiamo Hirakata, empréstimo)

• Gabriel França (defensor, RB Omiya Ardija)

• Ibuki Matsushita (defensor, FC Tokushima, empréstimo)

• Hayato Sugita (defensor, Matsumoto Yamaga, empréstimo)

• Yuto Shimizu (meio-campista, Yokogawa Musashino FC, empréstimo)

• Koshiro Uda (meio-capmistas, Kochi United SC, empréstimo)

• Shion Inoue (meio-campista, Sanfrecce Hiroshima)

• Hirotaka Mita (meio-campista, sem clube)

• Hayase Takashio (meio-campista, Okinawa SV, empréstimo)

• Caprini (atacant, RB Omiya Ardija)

• Toshiki Takahashi (atacante, Urawa Reds. Fim do empréstimo)

Agora, chegamos à parte mais audaciosa do nosso guia – e confesso, é uma das que mais gosto de preparar. Ao longo das análises anteriores, já traçamos um panorama claro de cada um dos 20 clubes, abordando suas perspectivas para a temporada, contexto atual, ambições, movimentações no mercado de transferências e principais nomes no elenco – tudo isso, claro, com um toque da minha visão pessoal como redator.Mas, assim como fizemos no último guia, vamos além. Aqui, vamos direto ao ponto, apresentando nossas previsões mais concretas sobre o que esperar das equipes ao longo dos meses intensos de campeonato.

O Vissel Kobe, por exemplo, busca seguir colhendo os frutos de seus investimentos, consolidar uma força interna e conquistar o tricampeonato. Porém, o Sanfrecce Hiroshima está muito forte e com um único objetivo: não deixar o título escapar novamente, após uma década de espera. Outros clubes estão atentos, tentando encontrar brechas para incomodar os favoritos. O Machida Zelvia, por exemplo, busca repetir o grande desempenho do ano passado, embora o caminho não seja simples. Já Marinos e Frontale querem retomar a boa fase, mas ambos entram em 2025 com técnicos novos. O Tricolore pode ter um caminho mais suave, enquanto o Golfinho vive o fim da era Oniki, e o desafio que se apresenta é bem mais complexo.

Alguns clubes, por sua vez, têm a Liga dos Campeões como objetivo, enquanto outros vão, provavelmente, se esforçar ao máximo para garantir sua permanência e disputar a J1 novamente em 2024. Já os times promovidos da J2 sabem que o desafio será imenso se quiserem figurar no nosso guia de 2026.

Confira abaixo o prognóstico que preparamos para você, com uma análise cuidadosa e palpites bem definidos. Dividimos os concorrentes em categorias distintas, sem hesitar ou ficar em cima do muro:

A movimentação no futebol japonês passa também pelos seus treinadores. Este ano, minha ansiedade para acompanhar certos projetos é ainda mais alta do que nas temporadas de 2023 e 2024.

O nosso ‘pódio da longevidade’ mudou consideravelmente. O ciclo de Toru Oniki no Kawasaki Frontale, que durava desde 2017, chegou ao fim, e agora o trabalho mais duradouro é comandado por Gwi-jae Jo. O sul-coreano à frente do Kyoto Sanga desde fevereiro de 2021 ocupa o topo, seguido de outros técnicos, que, curiosamente, também estão em clubes com menor poderio financeiro.

A temporada contará com cinco técnicos europeus, com Steve Holland (Inglaterra) sendo o único a estrear, assumindo o Yokohama F. Marinos. Por outro lado, não veremos nenhum brasileiro ocupando uma vaga entre os técnicos nesta temporada.

Abaixo estão os 20 técnicos da J1 2025, com as datas de suas respectivas assunções aos cargos de treinador:

 Gwi-jae Jo (Kyoto Sanga): 01/02/2021

 Satoshi Yamaguchi (Shonan Bellmare): 01/09/2021

 Shuhei Yomoda (Yokohama FC): 01/02/2022

 Takashi Kiyama (Fagiano Okayama): 01/02/2022

 Kenta Hasegawa (Nagoya Grampus): 01/02/2022

 Michael Skibbe (Sanfrecce Hiroshima): 01/02/2022

 Hiroshi Jofuku (Tokyo Verdy): 13/06/2022

 Takayuki Yoshida (Vissel Kobe): 29/06/2022

 Dani Poyatos (Gamba Osaka): 01/02/2023

 Go Kuroda (Machida Zelvia): 01/02/2023

 Tadahiro Akiba (Shimizu S-Pulse): 03/04/2023

 Masami Ihara (Kashiwa Reysol): 17/05/2023

 Maciej Skorża (Urawa Reds): 07/09/2024

 Steve Holland (Yokohama F. Marinos): 01/01/2025

 Arthur Papas (Cerezo Osaka): 01/01/2025

 Toru Oniki (Kashima Antlers): 01/02/2025

 Rikizo Matsuhashi (FC Tokyo): 01/02/2025

 Ricardo Rodríguez (Kashiwa Reysol): 01/02/2025

 Daisuke Kimori (Albirex Niigata): 01/02/2025

 Myong-hwi Kim (Avispa Fukuoka): 01/02/2025

 Shigetoshi Hasebe (Kawasaki Frontale): 01/02/2025

Quem acompanha a J-League já está acostumado com a presença maciça de brasileiros nos gramados do Japão. Não é à toa que o nosso país continua sendo a maior fonte de jogadores estrangeiros para a liga, e este ano, a história se repete. Em 2025, todas as 20 equipes terão, no mínimo, um brasileiro para chamar de seu.

Na parte de cima de ranking da nacionalidade, temos duas equipes empatadas com cinco jogadores brasileiros cada. Fazendo o caminho inverso, há seis que possuem apenas um único ‘brazuca’.

Quer saber quem são e onde jogam? Abaixo, listamos todos eles para você ficar por dentro:

· Yokohama FC: 05 (João Paulo, Léo Bahia, Michel, Phelipe e Yuri Lara)

· Kyoto Sanga: 05 (João Pedro, Marco Túlio, Murilo Costa, Patrick William e Rafael Elias)

· Cerezo Osaka: 04 (Lucas Fernandes, Rafael Ratão, Thiago Andrade e Vitor Bueno)

· Shimizu S-Pulse: 04 (Capixaba, Carlinhos Júnior, Douglas Tanque e Matheus Bueno)

· Kawasaki Frontale: 04 (Erison, Jesiel, Marcinho e Patrick Verhon)

· FC Tokyo: 03 (Everton Galdino, Henrique Trevisan e Marcelo Ryan)

· Shonan Bellmare: 03 (Luiz Phellype, Lukian e Zé Ricardo)

· Yokohama F. Marinos: 03 (Anderson Lopes, Élber e Yan Matheus)

· Urawa Reds: 03 (Danilo Boza, Matheus Sávio e Thiago Santana)

· Vissel Kobe: 03 (Caetano, Jean Patric e Matheus Thuler)

· Albirex Niigata: 02 (Danilo Gomes e Miguel Silveira)

· Fagiano Okayama: 02 (Gleyson e Lucão)

· Gamba Osaka: 02 (Juan Alano e Welton)

· Kashima Antlers: 02 (Léo Ceará e Talles)

· Kashiwa Reysol: 01 (Diego)

· Avispa Fukuoka: 01 (Wellington Tanque)

· Machida Zelvia: 01 (Erik)

· Nagoya Grampus: 01 (Mateus Castro)

· Sanfrecce Hiroshima: 01 (Marcos Júnior)

· Tokyo Verdy: 01 (Matheus Vidotto)

A nova temporada da J-League tem início marcado para 14 de fevereiro e vai até 6 de dezembro.  Como nos últimos anos, o YouTube seguirá com a transmissão de diversos jogos por rodada, e você pode acessá-los de forma gratuita.

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