Já são quatro ouros em quatro dias, com destaques para Uta Abe, Nagayama, Takeoka e a surpresa Kaju Haruka. Outras medalhas vieram com Koga, Hifumi e Tamaoki
Já são quatro ouros em quatro dias, com destaques para Uta Abe, Nagayama, Takeoka e a surpresa Kaju Haruka. Outras medalhas vieram com Koga, Hifumi e Tamaoki
Chegamos a metade do campeoanto mundial e até o momento um grande início para a seleção japonesa. Vamos para um resumo dos primeiros quatro dias de torneio;
Koga Wakana venceu suas lutas com autoridade e sem nenhuma dificuldade até a quartas de final onde encontrou a cazaque Abuzhakynova e seu estilo amarrado de luta. Koga estava vencendo mas testou a arbitragem defensivasmente mais do que poderia e de maneira até rígida foi desclassifcada por excesso de defesa.
Nas lutas de repescagem e terceiro, ela novamente não teve dificuldade em vencer suas rivais Babulfath e Boukli para conquistar o bronze.
Infelizmente pareceu pouco por tamanha dominância e qualidade mostrada, mas sua terceira medalha em mundiais com apenas 23 anos é muito bem vinda.
Por outro lado, finalmente o ouro de Nagayama saiu e foi depois de um baita susto! Logo na primeira luta, Nagayama tomou um Waza-ari em apenas 16 segundos e se desesperou, não conseguindo desenvolver nada e deixando sua torcida preocupada. A sorte para o japonês foi que seu adversário se desesperou mais ainda, cometendo três (até mais) infrações claríssimas de falso ataque e sendo desclassificado.
Na final, Nagayama mostrou domínio sob o francês Picard mas quase deixou o braço exposto depois de um Waza-ari, mas não bateu e, depois de seis mundiais, conseguiu seu merecido ouro.
“Eu não bateria nem que meu braço quebrasse”.
No dia considerado mais forte do Japão na competição, foram 3 medalhas de 4 possíveis, sendo duas de ouro.
Uta Abe voltou de sua derrota dolorida nas Olimpíadas a todo o vapor e “passou o trator em todas as adversárias até o primeiro lugar. Foram quatro vitórias de Ippon e uma por eliminação, alcançando seu quinto título mundial com apenas 24 anos (exatamente), mostrando que tem tudo para continuar sua caminhada para ser a melhor judoka da história.
Vale lembrar que, em questão de dificuldade, por causa das dobras (dois por país) e a possibilidade dos atletas russos participarm, o mundial de judô é muito mais difícil do que as Olimpíadas.
A outra japonesa da categoria, Omori, avançou bem nas primeiras duas lutas mostrando sua qualidade no ne-waza (luta no chão) mas caiu contra a espanhola Toro Soler, que fez questão de levar a luta em pé. Na luta de terceira lugar, perdeu para a alemã Ballhaus que vem crescendo nos dois últimos anos.
Pelo masculino, um dos maiores choques aconteceu. Abe Hifumi, irmão da Uta e penta campeão mundial, foi derrotado nas quartas final e perdendo sua invencibilidade internacional de mais de 50 lutas. E não foi qualquer derrota: Um contra-ataque espetacular do tadjique Dzhebov. Hifumi mostrou seu respeito de sempre ao judô e continuou seriamente até alcançar o bronze.
Por outro lado, o caminho para Takeoka Takeshi ficou um pouco mais aberto e com um repertório completo de técnicas, chegou a final para derrotar o outro tadjique Emomali e conquistar o primeiro título mundial da carreira.
Já no dia mais fraco – teoricamente – do Japão na competição, o saldo foi extremamente positivo com um bronze e uma prata.
Ishihara Tatsuki chega para ser o sucessor de Hashimoto e conseguiu levar suas lutas com força até encontrar o brasileiro Daniel Cargnin em uma luta duríssima em que saiu derrotado após um yuko faltando 30 segundos. Ishihara voltou para a repescagem e dominou as duas lutas, chegando ao terceiro lugar.
Tamaoki Momo veio no embalo do título japonês e fez seu caminho lutando com muita técnica até a final, quando foi dominada pela campeão europeia. Ainda sim, o prata foi extremamente satisfatório para Momo que consegue sua terceira medalha em mundiais.
A maior decepção até o momento do Japão na competição: Nagase Takanori, atual bi campeão olímpico, lutou extremamente mal e foi derrotado por falta de combatividade na primeira rodada. A fase Nagase desde Paris não vem sendo boa, sendo derrotado também no primeiro embate no campeonato japonês e no Grand Slam de Astana.
Todavia, a maior surpresa positiva foi a vitória de Kaju Haruka, que até hoje tinha apenas 11 lutas internacionais na carreira e havia ficado em 5º no campeonato japonês. Foram 4 vitórias no solo até o ouro contra a canadense número dois do mundo.
Resultados
O Japão já iguala as quatro medalhas de ouro da edição de 2024 ainda restando oito em disputa com altas as chances nas categorias de até 90kg e até 100kg masculino e +78kg feminino além de ser amplo favorito no por equipes, trazendo de volta a dominância no esporte que foi um pouco perdido desde Paris.
Sou João Carlos Lombardi, 28 anos de idade e desde de sempre um entusiasta da cultura japonesa. Praticamente de Chado (Caminho do Chá), Judo, Kendo e outras artes nipônicas, tento ao máximo expandir meu conhecimento perante essa grande história. O interesse pelo esporte sempre existiu e naturalmente, esses dois lados se convergiram.
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