A segunda metade do mundial foi um misto de mais boas notícias e uma pequena decepção no final, mas que no geral demonstrou que, mesmo após um ano abaixo da média, o Japão ainda é a maior potência do judô no planeta.
A segunda metade do mundial foi um misto de mais boas notícias e uma pequena decepção no final, mas que no geral demonstrou que, mesmo após um ano abaixo da média, o Japão ainda é a maior potência do judô no planeta.
Em duas categorias extremamente competitivas e acirradas, a seleção japonesa conseguiu o seu melhor dia com três medalhas: Dois ouros e uma prata.
Tajima Goki e Murao Sanshiro começaram em chaves opostsas e teriam a chance de se encontrar na final; e foi exatamente o que aconteceu. Para muitos, Murao foi o “MVP” do torneio, vencendo quatro das cinco lutas de Ippon. Goki também superou bem suas lutas. Na final, Murao levou a melhor e finalmente conquistando seu merecido ouro.
Tanaka foi a representante no até 70kg e surpreendeu o mundo com sua performance vencendo adversárias poderosas no cenário mundial, inclusive vencendo a número dois e um do ranking nas semifinais e final, respectivamente.
Arai Dota é um jovem nome que vem como substituto para Aaron Wolf na até 100kg e vem mostrando extrema qualidade vencendo o campeonato japonês, grand slams e grand prix. O problema é que nessa categoria existe – talvez – o melhor judoka em atividade: Matvey Kanikovskiy.
Como era esperado, os dois se encontraram na final e, infelizmente como esperado, Kanikoviskiy venceu com facilidade. Dota publicou em suas redes que irá mudar a estratégia a partir de hoje – provavelmente para tentar vencer o russo. São três lutas e três derrotas nesse confronto nos últimos oito meses.
Por outro lado, o nome menos badalado japonês surpreendeu e muito. Ikeda mostrou domínio na luta de solo e voltou das repescagem até a disputa pelo bronze onde venceu uma favorita.
Uma boa indicação para o tamanho do feito de Ikeda é seu ranking mundial: Após a conquista da medalha de bronze, ela subiu vinte e quatro posições no ranking para chegar “apenas” na 14º posição.
Na sempre difícil categoria mais de 100kg, Ota Hyoga era o melhor japonês posicionado e foi tentar seu feito mas infelizmente acabou sendo derrotado apenas nas oitavas de final, sem chances de respecagem. Ota errou feio a acabou no chão.
Já no mais 78kg, o Japão escolheu levar duas lutadoras e foi uma decisão acertada. A titular Ruri Takahashi foi derrotada nas oitavas de final, surpreendendo muito a todos.
A sua reserva, Mao Arai, foi o oposto e chegou a final da categoria quando travou uma dispusta acirrada contra a sul coreana Kim, que por coincidência, também era a número dois da Coreia do Sul.
O Japão sempre é o favorito e tem quase a obrigação de vencer a disputa por equipes mistas, não importa as condições.
A seleção optou por não levar alguns nomes que provavelmente seriam titulares importante como os irmãos Abe e Tanaka.
Ainda sim, a derrota para a Georgia na semifinal – que não teve um bom mundial e estava totalmente motivada a vencer – foi um conjunto de erros. Nakano, atleta do mais dos 100kg e foi convocado apenas para a disputa por equipes se deixou exposto e foi derrotado. Murao estava melhor e dominando a luta contra Bekauri e se entregou, achando que tinha aplicado um golpe.
Na disputa pelo bronze, Japão atropelou o Brasil para o terceiro lugar.
No fim, foram 15 medalhas totais: 6 de ouro, 5 de prata e 4 de bronze, melhor campanha japonesa desde 2018.
A meta da federação é manter esse nível, elevando nas categorias que sofreram mais e mirar Los Angeles 2028, que, mesmo sendo mais fácil e menos importante do que os mundiais, é onde a grife e a mídia está.
Sou João Carlos Lombardi, 28 anos de idade e desde de sempre um entusiasta da cultura japonesa. Praticamente de Chado (Caminho do Chá), Judo, Kendo e outras artes nipônicas, tento ao máximo expandir meu conhecimento perante essa grande história. O interesse pelo esporte sempre existiu e naturalmente, esses dois lados se convergiram.
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