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MUNDIAL 2025: Urawa Reds mostra pouco, perde na estreia e se complica

Japoneses não fazem bom jogo, sendo facilmente superados pelo River Plate

Nos dias que antecederam a Copa do Mundo de Clubes da FIFA, fizemos um resumo básico sobre o Urawa Reds, apontando virtudes pontuais, a provável formação inicial e o estilo de jogo da equipe, assim como parte de sua história e algumas curiosidades. Também alertamos para o tamanho do desafio no Grupo E, composto por adversários de alto nível. Ontem, diante do River Plate, isso foi comprovado categoricamente: o time de Saitama pouco competiu, sendo facilmente superado, mostrando que, neste momento, encontra-se um degrau abaixo dos principais concorrentes.

Com pouco mais de 11 mil espectadores no Lumen Field, em Seattle, o início da partida foi marcado por um episódio curioso durante a entrada das equipes. Marius Høibråten, zagueiro norueguês do Urawa Red Diamonds, passou direto pelos jogadores do River Plate, sem cumprimentá-los, o que gerou desconforto e críticas por parte da torcida argentina. O gesto, inicialmente interpretado como provocação ou arrogância, foi mais tarde esclarecido pelo próprio jogador, que explicou ter se confundido devido a uma mudança no protocolo e estar totalmente focado em sua função. Após o jogo, Høibråten pediu desculpas pessoalmente aos atletas do River no vestiário e também se retratou publicamente nas redes sociais, afirmando que jamais teve a intenção de desrespeitar. O fato é que, assim que a bola rolou, Høibråten se manteve como um dos protagonistas da partida, como nós vamos mostrar em breve.

Mantendo o 4—2—3—1 que tem sido padrão na J-League, os Reds entraram em campo com seu time-base. A única novidade foi a presença de Yoichi Naganuma na lateral esquerda, no lugar de Takuya Ogiwara. Particularmente, não encontrei muitas justificativas para essa escolha; talvez o técnico polonês Maciej Skorża tenha pensado que essa mudança reforçaria o sistema defensivo da equipe.

Do outro lado, e com o que havia de melhor à disposição, o River Plate fez valer seu favoritismo e mostrou por que é um dos cotados para garantir a segunda vaga, ao lado da Internazionale (ITA).

O primeiro tempo foi um reflexo claro dessa superioridade. Enquanto o Urawa Reds mostrava uma falta de intensidade, jogando de forma morosa e permitindo inúmeros espaços, o River Plate controlava o jogo. Aos 8 minutos, Sebastián Driussi quase abriu o placar em chute rasteiro que carimbou a trave. Pouco depois, Marcos Acuña levantou uma bola na área que encontrou Facundo Colidio, que subiu livre para marcar.

(Foto: TNT Sports)

Os japoneses demonstraram uma marcação deficiente durante todo o primeiro tempo. As poucas vezes em que a equipe conseguiu criar algo aconteceram apenas após os 20 minutos, quando o River Plate, já com o controle do jogo, diminuiu o ritmo e permitiu que o time japonês tivesse mais posse de bola. Nesse momento, o meio-campista sueco Samuel Gustafson se destacou, sendo o único jogador capaz de dar alguma consistência ao meio-campo e coordenar as poucas jogadas mais organizadas do Urawa. Ele foi, sem dúvida, o melhor jogador dos Reds no primeiro tempo.

O time de Saitama chegou até a balançar as redes com uma cabeçada de Høibråten, aos 30 minutos, mas o gol foi corretamente anulado com auxílio do VAR, mantendo o placar a favor dos argentinos.

(Foto: AS)

Depois de um primeiro tempo decepcionante, com uma marcação passiva e distante, esperava-se que o Urawa Reds voltasse com uma postura mais agressiva para a etapa final. Mas, aos três minutos, uma falha de proporções dramáticas selou o destino da equipe. Høibråten tentou um recuo de cabeça para o goleiro Shusaku Nishikawa, mas a bola sequer chegou ao arqueiro. Driussi, atento, se antecipou e aproveitou a falha para marcar.

O atacante, aliás, mal teve tempo de comemorar, já que um choque com Nishikawa no mesmo lance o forçou a sair de campo com uma lesão.

Com o gol sofrido e a lambança defensiva, o Urawa Reds viu qualquer chance de reação ir por água abaixo, sem nem mesmo a oportunidade de repensar sua estratégia durante a volta do intervalo.

(Foto: AFP)

Apesar de não fazer um bom jogo, o Urawa Reds teve a sorte ao seu favor quando, dez minutos após ver o placar ser ampliado, Gustafson — que levou um tempo considerável para passar a bola — encontrou Takuro Kaneko na grande área. O atacante foi derrubado por Acuña e, na cobrança, Yusuke Matsuo, com frieza, deslocou Franco Armani, estufando as redes.

Após o gol, os Reds viveram sua melhor fase no jogo pelos dez minutos seguintes. O River Plate, que passava a se defender de forma desordenada e deixava espaços, foi pressionado pelos japoneses, que passaram a dominar o campo. Aproveitando essas brechas, o time japonês se aproximava da área adversária e começava a explorar as falhas na defesa argentina com mais eficiência, ainda que oferecendo pouco perigo real.

(Foto: Getty Images)

Foi então que Skorża fez suas primeiras mudanças. Matheus Sávio foi substituído pelo compatriota Thiago Santana, enquanto Takuro Kaneko deu lugar a Takahiro Sekine. Talvez essas mexidas fossem uma tentativa do técnico polonês em buscar o empate, mas não houve sequer tempo para avaliarmos. Apenas um minuto após as substituições, Acuña cobrou escanteio na área e encontrou Maximiliano Meza, que aproveitou nova falha defensiva para, com uma cabeçada, voltar a ampliar o placar.

Mais uma vez em uma situação difícil e tendo que lutar contra o resultado, o Urawa Reds sofreu um golpe duro. Com 20 minutos restantes para tentar o improvável, a equipe até teve algumas chances, aproveitando a postura relaxada do River Plate, que já não parecia se importar mais com o placar. A melhor oportunidade foi com Thiago Santana, que finalizou de primeira, à meia-altura, dentro da grande área, mas a tentativa foi defendida com segurança por Armani.

(Foto: X / River Plate)

Em um dia de pouquíssima inspiração, o Urawa Reds encontrou um River Plate superior em todos os aspectos e não conseguiu reagir. Mesmo quando teve algumas oportunidades, o time japonês não conseguiu impor seu jogo e jamais representou perigo legítimo. O sistema defensivo, longe de ser unânime, foi colocado à prova, e não passou no teste, especialmente a dupla de zagueiros. Höibraten e o brasileiro Danilo Boza tiveram um dia para esquecer, com abordagens desastrosas que permitiram que os argentinos marcassem, por exemplo, todos os seus gols em cabeçadas.

Com Matheus Sávio apagado e completamente encaixotado, e Ryoma Watanabe longe de apresentar o futebol que se esperava, o time de Saitama não conseguiu reagir ao ímpeto do River Plate. Poucos jogadores conseguiram se destacar: talvez Gustafson, que sempre que conseguiu ter a bola, mostrou razoável produtividade, e Matsuo, autor do gol, que esteve presente em quase todas as tentativas ofensivas. Contudo, as aproximações ao atacante foram escassas, o que dificultou bastante seu trabalho e as finalizações. Ao menos na minha análise.

Talvez Skorża pudesse ter mexido mais cedo, é verdade, mas os gols da equipe argentina apareceram em momentos chave, que acabaram definindo o destino do jogo. O primeiro, logo no início, mudou o rumo da partida, encerrando qualquer plano japonês pensado previamente. O segundo, logo no primeiro lance do segundo tempo, cortou qualquer chance de recuperação após a conversa no vestiário. E o terceiro gol, pouco depois de Matsuo reduzir a vantagem, ocorreu justamente quando o time japonês tentava reagir para buscar o empate, enterrando qualquer esperança.

(Foto: Reprodução)

Desde o início, era evidente que o Urawa Reds teria que superar um enorme desafio para buscar a classificação, mas a esperança ainda mantinha a chama acesa nos corações dos torcedores.

Meus prognósticos tentavam ser otimistas: um empate milagroso contra o River Plate, uma derrota esperada e dolorosa para a Internazionale, e, então, apostar a vida contra o Monterrey (MÉX). Com 4 pontos, ainda seria possível sonhar com a vaga, dependendo de outros resultados, mas com um início tão desfavorável, a classificação parece agora uma missão impossível.

O grande destaque da noite, no entanto, foi a incrível torcida vermelha, que, como era de se esperar, não só compareceu em peso, mas também deu um verdadeiro show nas arquibancadas, viralizando nas redes sociais e recebendo elogios de todos os cantos do mundo.

O time volta a campo no próximo sábado (21), contra o vice-campeão europeu.

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